Agência Brasil

Foto oficial dos chefes de Estado e de Governo do G-8 e do G-5. Foto: Ricardo Stuckert/PR

9 de julho de 2008

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Após duas horas de discussões sobre segurança energética e mudanças climáticas no exclusivo Windsor Hotel, em Toyako, os líderes das maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento não anunciaram nada de novo.

Divulgaram uma declaração conjunta morna, reafirmando seu compromisso com o combate às mudanças climáticas a partir do princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a produção de biocombustíveis como alternativa para reduzir a dependência mundial dos poluentes combustíveis fósseis. O tema, porém, não constou do documento final da reunião de chefes de Estado e de Governo. Os mandatários se propõem a incentivar o uso de energias renováveis e limpas, mas citam nominalmente apenas a energia nuclear.

Além do Brasil, o encontro reuniu Austrália, Canadá, China, União Européia, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coréia, México, Rússia, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Os anfitriões japoneses haviam prometido avanços nas negociações de metas para o regime de emissões pós-2012 mas, como esperado, isso não aconteceu.

Os chefes de Estado e de governo apenas se comprometeram a trabalhar no tema de forma a concluir o regime pós-Quioto até dezembro de 2009.

"Seria desejável para as partes adotar nas negociações da Convenção [Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre Mudanças do Clima] uma meta de longo prazo para redução de emissões, levando em conta o princípio da eqüidade", diz o texto, sem mencionar percentuais.

"Nossa capacidade para alcançar uma meta de longo prazo dependerá de tecnologias novas, acessíveis e mais avançadas, infra-estrutura e práticas que transformam o modo como vivemos, produzimos e usamos energia, e manejamos a terra", admitem os líderes das grandes economias.

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