31 de maio de 2022

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Agência VOA

O presidente da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, Ossufo Momade, sinalizou, na abertura do encontro do Conselho Nacional nesta terça-feira, 31, que o encerramento das restantes quatro bases do antigo braço armado do artido até ao final de 2022 marcará o fim de uma das principais etapas do processo de pacificação em Moçambique.

O encerramento das bases já tinha sido anunciado pelo Presidente da República durante o encontro do Comité Central da Frelimo, realizado no fim-de-semana, em Maputo. Filipe Nyusi disse que no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da Renamo já foram desactivadas 12 das 16 bases que o braço armado do principal partido da oposição tinha.

“Até ao fim de 2022, as quatro bases restantes da Renamo poderão ser encerradas”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.

Hoje, Ossufo Momade afirmou que isso marcará o fim de uma importante etapa do processo de pacificação em Moçambique, iniciado em 1992, na sequência da assinatura do Acordo Geral de Paz.

Momade sublinhou que a Renamo “está profundamente comprometida com este processo”, anotando que 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros da RENAMO já foram desmobilizados, “estão nas suas casas” e em reintegração social.

Ele assumiu, no entanto, que há algumas dificuldades relacionadas com as pensões para os desmobilizados, afirmando, no entanto, esperar que esses problemas sejam resolvidos em breve, porque foi criada uma comissão para tratar desta questão.

Refira-se que há cerca de duas semanas, na província nortenha do Niassa, 290 guerrilheiros da Renamo foram desmobilizados, o que para o secretário-geral do partido, André Magibiri, “é uma prova de que Ossufo Momade quer levar o processo DDR até às últimas consequências”.

Por seu turno, Filipe Nyusi diz que apesar do avanço do DDR, o Governo vai continuar o diálogo com a Renamo, visando a preservação da paz: “Defendemos que a paz, estabilidade, unidade e progresso devem constituir o interesse supremo de todos os moçambicanos”, afirmou o estadista moçambicano.

A reunião do Conselho Nacional da Renamo avaliou, entre outros assuntos, a preparação das próximas eleições municipais, marcadas para outubro de 2023.

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