Brasil • 21 de agosto de 2007

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal reclamam que podem estar sendo vítimas de escutas telefônicas ilegais. Existe a suspeita de que os responsáveis pela escuta sejam setores da Polícia Federal.

Segundo a Folha de S. Paulo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa declarou: "Hoje há uma sensação generalizada em Brasília, entre as pessoas que ocupam uma função importante, de violação de privacidade. É um fato muito grave."

A reportagem de da revista Veja desta semana apresenta o relato de outros ministros do STF que se sentem vigiados por escutas ilegais: Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto e Gilmar Mendes. Mendes teria ainda expressado a sua reclamação contra o que definiu como "Estado policial", informou para a Revista Veja.

Celso de Mello, por sua vez, fez as seguintes declarações para a revista: "É intolerável esa atmosfera que vivemos, com a conduta abusiva de agentes ou órgãos entranhados no aparelho do Estado. A interceptação telefônica generalizada é indício e ensaio de uma política autoritária".

Os juízes levantam a suspeita de que as escutas poderiam ter sido obra de algumas pessoas de dentro da Polícia Federal. A suspeita surgiu porque em todas as vezes em que a Polícia Federal foi chamada para investigar uma suposta escuta telefônica, os policiais disseram que não havia, contrariando investigação executada por terceiros que afirmaram categoricamente a existência das escutas.

É esperado que alguns dos mencionados juízes devam pronunciar-se em breve sobre as acusações do caso do Mensalão, que envolveu a ala governista e o partido do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Ministro da Justiça Tarso Genro declarou para a Agência Brasil que "qualquer escuta ilegal será apurada e exemplarmente punida".

Fontes