3 de maio de 2005

José Miguel Insulza (direita) e secretário de defesa americano William S. Cohen (esquerda).
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Com a retirada da candidatura do ministro das Relações Exteriores do México, Luis Ernesto Derbez, que era o candidato mais cotado e o que contava com o apoio dos Estados Unidos da América, José Miguel Insulza, ministro do Interior chileno, torna-se o novo secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Com 31 votos a favor, 2 votos em branco e 1 abstenção, Insulza substituirá a Miguel Ángel Rodríguez, que teve que abandonar o cargo em outubro do ano passado, para enfrentar acusações de corrupção na Costa Rica, seu país de origem. A votação se realizou esta segunda-feira dentro da XXXI Assembléia de Chanceleres.

Depois de agradecer sua eleição, Insulza convidou aos chanceleres presentes a aproveitar a "oportunidade para reforçar a OEA, para fortalecê-la como espaço de concretização dos valores democráticos e de cautela dos diversos interesses do hemisfério", e agregou que "é indispensável garantir o pleno respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos, do estado de direito, as liberdades públicas, o respeito pelas minorias e instituições do sistema democrático".

A Bolívia não apoiou a Insulza pois "segue sofrendo graves conseqüências por suas diferenças marítimas com o Chile", expressou, sábado, Juan Ignacio Siles, chanceler desse país. Por sua vez, o Peru também não esteve do lado do chileno pois Insulza era chanceler quando se produziu o incidente da venda de armas do Chile ao Equador em 1995, durante o conflito que este último país sustentou com o Peru. Siles e Alberto Borea, representante permanente do Peru ante a OEA, expressaram as intenções de seus países durante suas intervenções prévias na eleição.

Fontes