Agência VOA

7 de agosto de 2017

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No domingo de ontem (6), o ministro das Comunicações israelense, Ayoob Kara anunciou que planeja revogar as credenciais de imprensa para os jornalistas da televisão por satélite catari Al-Jazeera em Jerusalém, o que lhe impedirá a trabalhar em Israel. Acrescentou mais tarde, que vai ordenar o bloqueio nas transmissões da emissora televisiva no país.

Ayoob Kara disse que pediu redes de cabo e de via satélite bloquearem as transmissões da Al-Jazeera e que promoverá leis que as proíbem de transmitir. De fato, o Parlamento está em recesso e uma lei como esta levará tempo de se materializar. Os especialistas disseram que implementar isso seria improvável, pois muitos árabes que vivem em Israel, veem Al-Jazeera através do sinal pago, não aberto.

A decisão de Israel segue passos semelhantes adotados por outros quatro países árabes que se opõem à Catar como parte de uma disputa que leva meses pela política de Doha e seu suposto apoio aos extremistas. Desde há muito tempo atrás, Israel acusa a emissora de ser tendenciosa contra seu país e de incitar à violência. O canal e seus sites afiliados estão bloqueados na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Egito, Jordânia e Bahrein.

Reação

Al-Jazeera denunciou hoje nesta segunda-feira (7), a decisão de Israel de fechar seus escritórios da estação de televisão por satélite catari em Jerusalém, ao dizer que a medida "não é democrática" e que irá tomar ações legais.

"Al-Jazeera denuncia esta decisão tomada por um Estado que afirma ser o 'único Estado Democrático no Oriente Médio [Médio Oriente]', disse a rede em um comunicado. "Al-Jazeera seguirá de perto, os acontecimentos que resultaram a levar decisão israelense e tomar as medidas legais que sejam necessárias".

"Essas ditaduras ditam agora para Israel o que fazer com a imprensa e os credenciamentos de imprensa", disse em rádio, o descatado analista político da Al-Jazeera, Marwan Bishara, depois de uma cimeira (reunião de cúpula) dos Estados Árabes sunitas.

Fontes