Agência Brasil

20 de fevereiro de 2015

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (20) que os casos de corrupção na Petrobras vieram à tona porque atualmente há mais investigação. Ela criticou a impunidade em governos anteriores.

“Se em 1996, 1997 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção”, afirmou a presidenta, sem citar nomes.

Em entrevista após a cerimônia de entrega de credenciais de novos embaixadores no Brasil, Dilma Rousseff garantiu que as empresas envolvidas nas denúncias de corrupção na estatal, investigadas pela Operação Lava Jato, serão punidas “dentro da legalidade”.

“As empresas, os donos das empresas ou os acionistas das empresas serão investigados. disse. “Agora, o governo fará tudo dentro da legalidade”, completou Dilma. “Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente, apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer”, afirmou.

Dilma voltou a dizer que é preciso separar a imagem da Petrobras da dos funcionários que estão sendo investigados. “Não vou tratar a Petrobras como a Petrobras tendo praticado malfeitos, quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras, que vão ter que pagar por isso. Quem praticou malfeitos, quem participou de atos de corrupção vai ter que responder por eles. Essa é a regra no Brasil.”

Reações

As declarações da presidenta teve reação imediata de repúdio. O ex-presidente na época, Fernando Henrique Cardoso rebateu insinuações que a corrupção revelada pela operação tenha iniciado no governo, lembrando que a Polícia Federal investiga desvios de dinheiro a partir de 2003 e que a presidenta deu aval para compra da Refinaria de Passadena em 2006.

O senador Aécio Neves criticou a declaração da presidenta ao lembrar que uns dos tesoureiros do Partido dos Trabalhadores (PT), Vacari Neto recebeu de propina só R$ 200 milhões, como também outros partidos políticos de sustentação do atual governo.

Fontes