17 de maio de 2021

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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil convocou o embaixador de Angola em Brasilia na passada quinta-feira, 13, para saber detalhes sobre as deportações de missionários brasileiros da Igreja Universal do Reino de Deus por parte do Governo de Luanda.

O caso é jurídico mas tem implicações políticas.

No entanto, em Luanda, enquanto analistas políticos consideram que este caso não vai colocar em causa as relações entre Luanda e Brasília, a antiga juíza do Tribunal Constitucional, Luzia Sebastião, afirma que tanto a ala angolana como a ala brasileira da IURD em Angola deviam responder pelos seus actos porque estão a degladiar-se por razões financeiras.

A antiga magistrada sustenta que "todos são responsáveis pela desordem que se transformou a IURD".

"A crise económica que se abateu sobre o país, bateu também à porta da IURD, os dinheiros deixaram de aparecer e quando há escassez de bens instala-se o desentendimento. É isso que aconteceu”, afirma Luzia Sebastião.

Quanto a eventuais danos no relacionamento entre Angola e Brasil, o analista político Olívio Kilumbo diz “não haver razões para consequências a nível das relações entre os Estado angolano e brasileiro”.

No entanto, afirma ser normal que o Governo brasileiro seja pressionado pela comunidade brasileira em Angola e “convoque o embaixador para mais esclarecimentos sobre o processo de deportação de missionários brasileiros da IURD”.

Entendimento semelhante têm a especialista em Relações Internacionais, Conceiçao Vaz, quem destaca que o relacionamento “entre Angola e o Brasil é muito antigo e estas questões não podem ofuscar” as relações.

Fontes