1 de abril de 2020

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Com o “Megxit” finalizado ontem às 24 horas no horário inglês, o Príncipe Harry e sua esposa, a atriz americana Meghan Markle, respectivamente o Duque e a Duquesa de Sussex, já não fazem mais parte da Casa Real britânica. O “período de transição” - chamado popularmente de Megxit - anunciado em janeiro pelo Palácio de Buckingham informava que o casal cumpriria agenda até o dia 31 de março para atender a compromissos previamente agendados.

No comunicado, assinado pela Rainha Elizabeth, também foi estipulado que o casal, deste dia em diante, não faria mais parte da Família Real, não usaria mais o estilo de Altezas Reais, não representaria mais a Rainha e a Commonwealth em qualquer ato oficial e que o Príncipe Harry também perderia todas as suas patentes militares honorárias.

Os últimos atos atendidos pelos Sussexes em solo britânico aconteceram no início deste mês, tendo sido o derradeiro deles um serviço religioso pelo Dia da Commonwealth, no dia 09, do qual também participaram a Rainha, o Príncipe Charles e sua esposa Camilla, e o Príncipe William com sua esposa Kate Middleton.

O Megxit

Junção do termo Meghan com Brexit, o Megxit começou no início de janeiro quando o casal anunciou que deixaria de fazer parte da lista de “membros seniors” da Família Real e que passaria a residir, uma parte do ano, na América do Norte, onde haviam acabado de passar uma temporada de seis semanas no Canadá para se afastar do escrutínio da imprensa inglesa. Horas após o comunicado, no entanto, o Palácio de Buckingham anunciou que o assunto ainda estava sendo estudado, o que acendeu o debate em torno da possibilidade de Harry e Meghan terem feito o anúncio sem o conhecimento e aprovação da Rainha.

Em meados de janeiro, o Palácio divulgou outro comunicado, após reuniões de Harry com a Rainha e o Príncipe Charles, esclarecendo como se daria o processo de saída do casal da Família Real. Em fevereiro, após rumores sobre o uso da palavra “royal” na marca registrada do casal, a Sussex Royal, o casal emitiu um comunicado dizendo que, apesar da Rainha não ter jurisdição sobre o uso do termo, eles não usariam mais a palavra em sua marca. O comunicado, que muitos encararam como uma “afronta” à autoridade da Rainha, provocou novas críticas, aliadas às já existentes quanto aos custos que a segurança do casal exigiria dos cofres públicos, já que não seriam mais realezas.

Atualmente, o casal está morando em Los Angeles – ao menos segundo rumores, já que não há nenhum registro fotográfico ou comunicado oficial – na cidade onde a Duquesa morava antes de se casar e onde mora também a sua mãe, Doria. No dia 30 de março, o casal publicou sua última mensagem na conta oficial no Instagram, Sussex Royal. A nota dizia no final: “obrigado, a esta comunidade, por seu apoio. Estamos ansiosos para nos reconectarmos em breve”, numa referência a nova marca que o casal registrou, ainda desconhecida, e que será usada em seu novo website e redes sociais.

O que muda e não na vida do casal

Eles não fazem mais parte da Família Real e não são mais Altezas Reais, mas Harry e Meghan mantêm os títulos de Duque e Duquesa de Sussex. Harry, como filho do Príncipe Charles, herdeiro da coroa, também mantém o título de Príncipe e sua posição de 6º na linha sucessória.

Por não trabalharem mais para a Família Real, eles não têm mais direito a receber um “salário” do Fundo Real, no entanto, o Príncipe Charles poderia usar parte dos recursos, a parte de uso privado, que recebe junto com seus títulos (o de Duque da Cornualha, por exemplo) para dar a Harry, o que ele já disse que não fará. Há rumores de que ele ajudará o casal financeiramente até o final de junho.

O casal também perdeu sua casa no Reino Unido. Instalados em Frogmore Cottage há um ano, nos terrenos do Castelo de Windsor, após a Rainha decretar que eles não fariam mais parte da Família Real, Harry e Meghan agora terão que se hospedar em alguma das residências oficiais quando resolverem ou precisarem passar uma temporada na Inglaterra.

Outra questão que provocou um grande debate são os gastos de cerca de 8 milhões de euros anuais relativos à segurança da família, já que o Estado britânico tem o dever de proteger Harry por este ser neto da Rainha e uma pessoa de “grande interesse e importância pública”. No entanto, se diplomatas têm direito à segurança oficial no país onde moram, o mesmo dificilmente se dará com os Sussexes, já que eles não trabalham mais oficialmente para a monarquia britânica. O Canadá e os EU já negaram que arcarão com qualquer custo relativo ao assunto. Donald Trump, no dia 29 de março, chegou a usar o Twitter para dizer que “eles mesmos deveriam pagar por sua segurança”, após os rumores de que o casal tivesse fixado residência em Los Angeles, na Califórnia. Logo em seguida, uma nota divulgada em nome de Harry e Meghan foi enviada à imprensa dizendo que o casal nunca tinha pensado em pedir qualquer ajuda à Trump e que sua segurança seria paga com recursos privados.

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Fontes