7 de dezembro de 2022

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O ex-senador Aloizio Mercadante (PT), coordenador do Gabinete de Transição, anunciou ontem que o governo Bolsonaro, que encerra no próximo dia 31, deixará uma dívida de R$ 5 bilhões com organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). Mercadante também comunicou que não há espaço no Orçamento de 2023 para pagar todas as dívidas.

“O Brasil será excluído de vários fóruns. É uma dívida pesada, que também não tem previsão orçamentária pro ano que vem”, explicou Mercadante, enfatizando que a preferência será pagar organismos dos quais o Brasil pode perder direito a voto e ser excluído por inadimplência.

O economista Antonio Corrêa de Lacerda, integrante do grupo de Planejamento e Orçamento, afirmou que as dívidas e o risco de exclusão do Brasil representam um obstáculo aos planos do governo eleito de recuperar o reconhecimento do Brasil no cenário internacional.

Dívida bolsonarista?

Também integrante do grupo, a economista, professora de Economia da UFRJ e ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, explicou, no entanto, que o passivo se acumulou nos últimos anos, não sendo ainda possível dizer quanto deste valor é pertinente ao governo Bolsonaro. Mercandante no entanto disse que Bolsonaro "quebrou o estado brasileiro”.

“A política externa deste governo transformou o Brasil num pária, não só um pária, um pária que deve R$ 5 bilhões para os organismos multilaterais", disse Mercadante.

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Fontes