Agência Brasil

22 de fevereiro de 2019

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O governador do Estado brasileiro Roraima, Antonio Denarium, afirmou ontem quinta-feira (21) que a decisão do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de fechar a fronteira com o Brasil cria um “clima tenso” na região, mas não impede a entrega de alimentos e medicamentos aos cidadãos do país vizinho.

Denarium fez esta declaração depois que Maduro anunciou o encerramento da fronteira com o Brasil a partir das 20 horas locais de hoje.

O Estado de Roraima fica na fronteira com a Venezuela e tornou-se nos últimos anos a principal porta de entrada de imigrantes que fogem da crise política, económica e social que vive o país.

Denarium está em Brasília, onde discutiu com o Governo federal a entrega de ajuda humanitária aos venezuelanos, anunciada na terça-feira.

Brasília enviará alimentos e medicamentos até as cidades de Boa Vista e Pacaraima.

Os produtos serão apanhados no Brasil por venezuelanos, que cruzarão a fronteira em camiões.

A logística, segundo o governador, não impedirá a entrega dos produtos aos venezuelanos, já que brasileiros não entrarão no país vizinho.

Decisão de Maduro

O Brasil, com os Estados Unidos, está entre os países que consideram Juan Guaidó residente interino da Venezuela.

O anúncio de Nicolás Maduro acontece em meio à pressão para que ele permita a entrada de ajuda humanitária oferecida pelos Estados Unidos e por países vizinhos após pedido de Juan Guaidó.

Maduro vê a oferta dessa ajuda como uma interferência externa na política do país.

O Presidente venezuelano também pensa fechar a fronteira com a Colômbia, enquanto Juan Guaidó iniciou hoje uma viagem de 800 quilómetros à fronteira da Colômbia, onde vai pressionar pela entrada de ajuda humanitária.

A Guarda Nacional da Venezuela bloqueou a viagem de uma caravana de deputados da oposição que se dirigem para a fronteira com a Colômbia, o que obrigou os líderes a descer dos autocarros.

Fontes