29 de abril de 2025

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Nessa última segunda (28), o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noel Barrot, afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que a França não hesitará em reimpor as sanções contra o Irã caso as negociações para um acordo sobre seu programa nuclear não tenham êxito.

A França, o Reino Unido e a Alemanha fazem parte de um acordo nuclear de 2015 com o Irã, que se encerra em outubro, e possuem a capacidade de iniciar o seu mecanismo de reimposição de sanções, conhecido como snapback, perante o Conselho de Segurança.

O ministro afirmou que "não é preciso dizer que, quando o acordo nuclear iraniano expirar em algumas semanas, se os interesses de segurança europeus não forem garantidos, não hesitaremos nem por um segundo em reaplicar todas as sanções que foram suspensas há 10 anos".

"Mas está claro que, quando expirar o acordo nuclear iraniano [...], se os interesses de segurança europeus não estiverem garantidos, não hesitaremos nem um segundo em voltar a aplicar todas as sanções que foram suspensas há 10 anos", ele alertou.

Jean-Noel Barrot denunciou após um encontro secreto do Conselho de Segurança sobre a não proliferação, promovido pela França, que "o Irã superou todos os limites que havia se comprometido a respeitar" e "está próximo de adquirir armas nucleares".

O Irã e os Estados Unidos, que romperam o acordo de 2015 e reintroduziram suas próprias sanções, mantêm diálogos sobre o impasse de várias décadas.

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, expressou confiança em alcançar um novo acordo que impediria o Irã de desenvolver uma arma nuclear, mesmo que o Irã afirme que seu programa é estritamente civil.

A resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que apoiava o acordo de 2015, contempla a possibilidade de reimplementação das sanções (um processo conhecido como "snapback"). No entanto, essa resolução expira em outubro de 2025.

Segundo diplomatas, os países envolvidos no acordo estão atualmente buscando iniciar o snapback em agosto, ao invés de junho, caso não seja possível alcançar um acordo relevante até lá. A chance termina em 18 de outubro.

Fontes

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