12 de janeiro de 2021

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Um ano e meio após o término das atividades da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), a multinacional americana Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que deixaria de produzir automóveis no Brasil .

As fábricas de Camaçari (BA), com cerca de 3 mil operários, e Taubaté (SP), com 700 operários, serão fechadas imediatamente. A unidade Horizonte (CE) vai operar até o quarto trimestre de 2021.

Devido à pandemia, a empresa suspendeu algumas de suas operações no país e disse que vai cooperar com os sindicatos para "minimizar o impacto da paralisação ao máximo".

Brasil de Fato entrou em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau). Conforme a assessoria de imprensa, a entidade foi surpreendida com a notícia e fez um encontro emergencial com os trabalhadores às 17h30. Somente após esse encontro as informações ou posições oficiais serão divulgadas à imprensa.

O presidente e CEO da Ford, Jim Farley, disse em um comunicado: "Sabemos que essas ações são muito difíceis, mas são necessárias para criar um negócio saudável e sustentável".

Em 2020, as vendas da Ford caíram 39,2%, quase 11 pontos percentuais a mais do que o declínio geral da indústria automotiva. Mesmo assim, a empresa anunciou um plano de investimentos para investir cerca de 580 milhões de dólares americanos (equivalente a 3,2 bilhões de reais) na Argentina até 2023 para a produção de novos modelos de picapes Ranger.

O fechamento de unidades de produção brasileiras parece ser uma tendência do setor. Há menos de um mês, a Mercedes Benz anunciou o fechamento de uma fábrica de 370 trabalhadores em Iracemápolis (SP). A valorização do dólar norte-americano encarece a importação de autopeças e é considerada um fator decisivo para o fechamento.

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