22 de abril de 2021

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Filha adotiva da deputada Flordelis (PSD-RJ) e do pastor Anderson do Carmo, Roberta dos Santos afirmou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara nesta quinta-feira (22) que a mãe é a principal responsável pelos planos de assassinato do pai, ocorrido em junho de 2019, em Niterói, no Rio de Janeiro.

A defesa contesta e alega que a filha já não convivia com o casal há quase cinco anos. O depoimento de Roberta encerra a lista de testemunhas definida pelo deputado Alexandre Leite (DEM-SP), relator da representação de quebra de decoro parlamentar que pode levar à cassação do mandato de Flordelis.

Segundo Roberta dos Santos, a deputada influenciava e manipulava os filhos de maneira “anormal”. Os planos do assassinato do pastor – que, em família, era chamado de Niel – têm sido atribuídos, entre outros, à filha biológica de Flordelis Simone dos Santos e à adotiva Marzy da Silva e concluídos com tiros de Flavio dos Santos, outro filho biológico. Em resposta ao relator Alexandre Leite, Roberta dos Santos apontou Flordelis como mentora do crime.

"Nada acontecia se ela não permitisse. Se ela quisesse, o Niel estaria vivo até hoje. E não é nem se ela não tivesse intervindo: era se ela não tivesse manipulado, pensado e agido, porque isso não vem da Simone nem da Marzy. A cabeça número 1 é ela, com certeza.”

Roberta do Santos, de 26 anos de idade, foi adotada por Flordelis e Anderson com três meses de vida, registrada em cartório apenas no nome da deputada e teve a criação conduzida por outros dois filhos do casal, Carlos Ubiraci e Cristiane, a quem considera “pais de criação”. Carlos é um dos presos sob a acusação de envolvimento no crime. Roberta contou que o próprio pastor Anderson ficou sabendo, no início de 2019, dos planos para matá-lo.

“Eu me casei com 21 anos e saí da casa, mas continuei tendo o convívio normal e ia lá [casa de Flordelis e Anderson] quase todo fim de semana. Entre janeiro e fevereiro de 2019, eu estive lá na casa, e o meu pai Carlos me contou que o Niel o procurou, mostrou uma mensagem que ele descobriu no rascunho do Ipad dele, que estavam tramando a morte dele, só que ele não acreditou”.

Roberta dos Santos também confirmou os indícios de que o pastor Anderson teria sido alvo de tentativas de envenenamento, porém disse não ter provas. A testemunha afirmou ainda que, “do material de higiene até a alimentação”, havia diferença de tratamento entre os filhos adotivos e biológicos do casal Flordelis e Anderson. Roberta acrescentou que, só após deixar a casa da família, entendeu o que chamou de “absurdo da relação” que vivia antes.

Fontes