Agência VOA

Faisal Shahzad. Foto tirada em 22 de Junho de 2010.

Nova Iorque, Estados Unidos • 5 de outubro de 2010

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O paquistanês que tentou fazer explodir um carro armadilhado/carro-bomba no Time Square em Nova Iorque foi condenado hoje à prisão perpétua.

O juiz federal de Nova Iorque leu hoje a sentença aplicada a Faisal Shahzad, de 30 anos de idade. O réu tinha-se declarado culpado das 10 acusações de porte de armas e de terrorismo que sobre ele pendiam.

A acusação afirmou que Shahzad escolheu um local especifico naquela famosa praça nova-iorquina para estacionar o carro armadilhado/bomba de modo a causar o maior número de vitimas possível.

Carro deixado pelo Shahzad em 1 de Maio de 2010 (Tarde).

Segundo a acusação, caso o atentado do dia 1 de Maio se tivesse consumado Shahzad estava a preparar um segundo ataque a efectuar-se poucas semanas depois.

O primeiro ataque saiu gorado visto que o carro armadilhado/bomba não chegou a explodir. Shahzad foi detido dois dias depois quando tentava embarcar num avião em Nova Iorque com destino ao Dubai. Shahzad afirmou perante o tribunal que era um soldado muçulmano e que estava preparado para assumir toda a responsabilidade. Acrescentou que tinha planeado o atentado devido aos ataques de aviões telecomandados americanos no Paquistão.

Admitiu ainda ter recebido treino e explosivos dos talibãs no Paquistão assim como 15 mil dólares para financiar a operação.

Eleições 2010

 
Carro deixado pelo Shahzad em 1 de Maio de 2010 (Noite).

Ainda nos Estados Unidos, os eleitores americanos vão eleger um novo Congresso no próximo dia 2 de Novembro e sondagens de opinião pública indicam que a economia será o tema principal este ano. Analistas entendem que a política externa não parece vir ser um assunto de destaque nas eleições intercalares. Mas ganhos dos Republicanos em Novembro poderão ter um impacto na condução da política externa dos Estados Unidos durante os próximos dois anos.

Analistas políticos concordam que a economia e preocupações sobre o alto nível de desemprego serão os assuntos dominantes nas eleições de Novembro, apesar dos Estados Unidos e seus aliados continuarem em guerra no Afeganistão.

O Afeganistão continua a ser o principal desafio da política externa da administração Obama e apesar do número de baixas americanas ter aumentado nos últimos meses, o apoio doméstico ao esforço de guerra permanece estável.

Se os Republicanos ganharem lugares nas eleições de Novembro, como os analistas prevêem, isso poderá solidificar a curto prazo o apoio a guerra no Afeganistão. Mas poderá também criar o potencial para um conflito no Congresso se os Democratas pressionarem pelo inicio de uma retirada no próximo ano.

Os ganhos Republicanos na Câmara dos Representantes e no Senado poderão também fortalecer o tom dos críticos conservadores que acusam o presidente Obama de não ser suficientemente duro no que diz respeito ao programa nuclear do Irão.

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