Agência VOA

Chuck Blazer admitiu que França e África do Sul realizaram os Mundiais sob suspeita e ter recebido suborno de 11 milhões de dólares

9 de julho de 2015

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A FIFA exonerou Chuck Blazer, ex-membro do Comité Executivo, que admitiu receber vários subornos e que é agora a principal fonte de informação na investigação dirigida pelo govern americano e que abalou o mundo do futebol e não só, nos quadros de de qualquer evento futebolístico.

Num comunicado que dizia que Blazer tinha sido banido para sempre, o comité de ética da FIFA disse que Blazer “cometeu vários actos de má conduta e continuamente”, enquanto ocupava cargos de importância na FIFA e na CONCACAF.

“Nos cargos que ocupava ele era uma chave fundamental nos esquemas que envolviam oferta e recepção de pagamentos ilegais, subornos e comissões, bem como outros esquemas para fazer dinheiro”, diz o comité.

O americano, que passou duas décadas como uma das pessoas mais poderosas no mundo do futebol, admitiu secretamente, em Novembro de 2013, ser culpado em dez acusações criminais, aceitando um acordo com os promotores americanos. Os registos do tribunal foram revelados em Maio.

Blazer disse a um juiz que ele e outros no comité da FIFA aceitaram subornos relacionados com a escolha de França para anfitriã do Mundial de 1998, bem como subornos ligados à realização do mesmo evento na África do Sul em 2010.

Blazer admitiu ter aceite 11 milhões de dólares em subornos entre 2005 e 2010, embora reportagens noticiosas indiquem que ele terá recebido bem mais durante toda a sua carreira. Foram-lhe confiscados mais de 1.9 milhões de dólares na altura em que declarou culpado e ele concordou em pagar mais quando for sentenciado.

O executivo da FIFA tem 70 anos e é bem conhecido pelo seu estilo de vida opulento e com uma personalidade bastante peculiar está agora em cadeira de rodas e bastante doente com cancro, num hospital de Nova Iorque, enquanto aguarda pelo seu julgamento.

Ele era um aliado do Presidente da FIFA Sepp Blatter, que aceitou demitir-se do cargo enquanto espera pelo resultado da investigação deste escândalo de corrupção que envolve todo o corpo directivo da FIFA.

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