20 de outubro de 2024

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Ele já foi proclamado o arquiteto da guerra do México contra os cartéis de drogas, mas nesta quarta-feira foi condenado a mais de 38 anos em uma prisão dos Estados Unidos por receber enormes subornos para ajudar narcotraficantes.

Trata-se de Genaro García Luna, ex-secretário de Segurança Pública do México, que foi declarado culpado por um júri em Nova Iorque em 2023 de receber milhões de dólares em propinas para proteger o cartel de Sinaloa, que supostamente combatia.

García Luna chefiou a Polícia Federal Mexicana antes de estar à frente de uma secretaria em nível de gabinete, sendo o funcionário de segurança de mais alto escalão do país de 2006 a 2012, no governo do então presidente Felipe Calderón.

Naqueles anos, os Estados Unidos elogiavam García Luna, chamando-o de seu aliado no combate ao narcotráfico.

Mas os promotores dizem que, em troca de milhões de dólares, forneceu dados de inteligência sobre investigações contra o cartel, informações sobre cartéis rivais e permitiu o livre trânsito de enormes quantidades de drogas.

Joaquín" El Chapo " Guzmán, - hoje preso também nos EUA-dirigia o Cartel de Sinaloay. García Luna deu proteção a seus membros das prisões e favoreceu seus envios de cocaína.

O juiz federal Brian Cogan anunciou a sentença de 460 meses em uma audiência realizada no Tribunal federal do Brooklyn.

Os promotores pediram inicialmente prisão perpétua para García Luna, de 56 anos, após a condenação de um ano atrás por envolvimento em um esquema criminoso de drogas, participar de várias conspirações e fazer declarações falsas.

O advogado de defesa de Garcia, César de Castro, sugeriu que Cogan o sentenciasse a não mais do que o mínimo obrigatório de 20 anos, observando que ele já passou quase cinco anos na prisão desde sua prisão em 2019.

"Uma sentença de 20 anos representaria a duração aproximada de toda a carreira do Senhor García Luna como servidor público do governo mexicano", escreveu De Castro em um processo judicial de 25 de setembro.

Fontes

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