3 de maio de 2025

Dmitry Medvedev, presidente da Rússia de 2008 até 2012
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Nesse sábado (3), Dmitry Medvedev, antigo líder russo, declarou que ninguém pode assegurar a sobrevivência de Kiev, capital da Ucrânia, caso a Rússia seja atacada durante as comemorações dos 80 anos do triunfo na Segunda Guerra Mundial.

A declaração foi uma reação às declarações do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acerca do perigo para a segurança de autoridades estrangeiras durante o desfile em Moscou.

A afirmação de Medvedev ocorre no contexto do pedido de trégua temporária feito pelo presidente russo Vladimir Putin. A pausa de 72 horas acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de maio, durante as comemorações do 80° aniversário do triunfo soviético na Segunda Guerra Mundial.

Medvedev se pronunciou no seu canal do aplicativo Telegram. "Quem estava pedindo garantias a ele? Isso não passa de uma provocação verbal", ele escreveu. "Sabe que, se houver uma provocação de verdade no Dia da Vitória, ninguém poderá garantir que Kiev viverá para ver o 10 de maio", acrescentou.

O Kremlin comunicou que Putin se reunirá com líderes globais durante o evento, incluindo o presidente da China, Xi Jinping. As festividades ocorrerão na Praça Vermelha, em Moscou.

Zelensky declarou, em resposta à proposta russa de cessar-fogo: "Não podemos ser responsáveis pelo que acontece no território da Federação Russa. Eles são responsáveis pela sua segurança e, portanto, não daremos nenhuma garantia".

Esta é a segunda pausa de hostilidade anunciada por Putin na Ucrânia. No primeiro, há aproximadamente dez dias, a Rússia anunciou uma pausa de 30 horas em virtude da Páscoa, no entanto, a Ucrânia acusou Moscou de infringir essa decisão.

No momento, as forças russas controlam aproximadamente 20% do território ucraniano, principalmente na parte leste do país, além da Crimeia, a península ucraniana anexada por Putin em 2014.

Zelensky demanda a devolução de todos os territórios para aceitar o cessar-fogo, contudo, a Rússia argumenta que essas áreas já foram incorporadas e que não as reintegrará.

Fontes

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