Agência Brasil

Grécia • 9 de maio de 2012

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Brasília - O líder da coligação da esquerda radical grega Syriza, Alexis Tsipras, anunciou hoje (8) que renunciou à prerrogativa de formar um governo de coalizão, por não ser possível formar maioria "para um governo de esquerda" contra a austeridade econômica.

"Não podemos realizar o nosso desejo de um governo de esquerda, não há maioria. Amanhã (10) vou entregar o mandato confiado pelo presidente da República [Carolos Papoulias] e vamos continuar a participar dos procedimentos previstos pela Constituição", disse Tsipras ao seu grupo parlamentar, depois de se ter encontrado com todos os líderes dos partidos gregos.

Antes, o líder do partido conservador Nova Democracia (ND), Antonis Samaras, vencedor sem maioria absoluta das eleições legislativas de domingo (7), já havia anunciado que não conseguiu chegar a um acordo para formar um governo de coalizão com o líder da esquerda radical.

Samaras chegou a dizer a Alexis Tsipras que a rejeição do memorando assinado pelo governo grego com os credores internacionais (com medidas de austeridade fiscal) conduziria o país à falência. O líder da Nova Democracia reiterou que está preparado para apoiar um governo minoritário, na condição de que a Grécia permaneça na zona euro.

Samaras considerou que as posições de Tsipras significam “aceitar que a Grécia saia do euro e a falência do país”.

Após o fracasso da tentativa do dirigente da esquerda radical de formar governo, as atenções se voltam para o líder do partido socialista Pasok, Evangelos Vénizelos. O partido caiu para o terceiro lugar após as eleições de domingo. Vénizelos deverá receber amanhã um mandato do presidente Carolos Papoulias para montar o gabinete de governo, missão que parece impossível face às divergências entre os partidos gregos.


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