23 de outubro de 2020

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Pelo menos 2.000 agências de aplicação da lei em todos os 50 estados dos Estados Unidos têm as ferramentas para acessar smartphones criptografados e bloqueados e os usam com muito mais frequência do que se conhecia anteriormente.

De acordo com um relatório da Upturn, uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington que investiga o uso de tecnologias pela polícia, pelo menos 49 dos 50 maiores departamentos de polícia possuem essas ferramentas. E as agências locais de aplicação da lei que não têm essa capacidade podem frequentemente enviar o dispositivo bloqueado para um laboratório forense do governo estadual ou federal para acessá-lo.

Embora a existência de tais ferramentas seja conhecida há algum tempo, os telefones são hackeados com mais frequência do que se pensava anteriormente, e os smartphones, com suas enormes reservas de dados pessoais, não são tão protegidos quanto a Apple e o Google afirmam. Nos últimos cinco anos, as autoridades dos EUA ganharam acesso a centenas de milhares de telefones, dizem os especialistas.

As ferramentas de hacking geralmente exploram vulnerabilidades para remover a restrição do número de vezes que uma senha pode ser inserida e, em seguida, insiram senhas até que o telefone seja desbloqueado. Por causa de todas as combinações possíveis, a senha de seis dígitos do iPhone é adivinhada em 11 horas em média.

Um dos desenvolvedores de ferramentas de hacking é o Grayshift. De acordo com o CEO David Miles, os produtos da empresa podem ajudar a polícia a se infiltrar em alguns iPhones em um dia e ajudar a aplicação da lei a "resolver crimes em muitas áreas mais rápido". Como Miles confirmou, a principal ferramenta Grayshift custa US$ 18.000.

Nos últimos anos, as agências de aplicação da lei gastaram dezenas de milhões de dólares em ferramentas de hacking.

Fontes

((ru)) Почти 2 тыс. полицейских органов в США имеют инструменты для взлома телефонов — SecurityLab, 21 de outubro de 2020