Presidentes da China e dos Estados Unidos se reúnem em Pequim e anunciam que estabeleceram novas metas para emissão de gases até 2030

Agência Brasil

China • 12 de novembro de 2014

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Os presidentes da China (Xi Jinping) e dos Estados Unidos (Barack Obama) reuniram-se hoje (12) no Grande Palácio do Povo, em Pequim, para nova rodada de conversações. Pelas imagens divulgadas na imprensa oficial, o primeiro encontro decorreu em clima descontraído, com o líder chinês mostrando a Barack Obama os jardins de Zhongnanhai (o Kremlin chinês) situado ao lado do antigo Palácio Imperial.

Obama chegou a Pequim na segunda-feira (10), em visita de oito dias pela Ásia-Pacífico, que inclui a Mianmar e a Austrália. Xi Jinping e Obama tiveram um primeiro encontro informal ontem (11) à noite, após a cúpula anual da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que reuniu na capital chinesa líderes de 21 países e regiões do Anel do Pacífico.

Na primeira intervenção pública em Pequim, Obama saudou a ascensão global da China e disse que o futuro dos Estados Unidos está indissociavelmente ligado à Ásia. "Saudamos a ascensão de uma China próspera, pacífica e estável", disse Obama, em encontro com cerca de 1.500 empresários da Ásia-Pacífico.

Na reunião realizada hoje, os dois países, principais emissores de gases de efeito estufa, definiram hoje novas metas com vista à redução das emissões de gás carbônico, informou a Casa Branca em comunicado. A China, primeiro emissor mundial, estabeleceu que as suas emissões de gases de efeito estufa atinjam o ponto máximo "por volta de 2030", mostrando a intenção de “tentar atingir o pico mais cedo" do que isso, anunciou a Casa Branca.

É a primeira vez que a China (o maior poluidor mundial) estabelece data, ainda que aproximada, para que as suas emissões de gás carbônico parem de aumentar. Por sua vez, os Estados Unidos comprometeram-se a atingir, até 2025, uma redução entre 26% e 28% das suas emissões registradas em 2005.

Cientistas têm alertado para a necessidade de medidas drásticas a fim de combater o aquecimento global. As metas anunciadas hoje antecedem a Conferência do Clima em Paris que, em 2015, deverá aprovar, pela primeira vez, um acordo global ambicioso.

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