11 de agosto de 2020

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O governo boliviano ordenou que policiais e militares protegessem as principais instalações do país devido a diversos protestos.

As tensões aumentaram depois que a eleição presidencial de 18 de outubro foi adiada devido à pandemia do coronavírus. Apoiadores do ex-líder esquerdista deposto Evo Morales exigem uma votação em 6 de setembro.

Conflitos políticas surgiram entre o Movimento para o Socialismo de Morales (MAS) e uma oposição conservadora dispersa, incluindo a presidente interina Jeanine Áñez, que assumiu o poder no ano passado com promessas de novas eleições.

“É importante acabar com essas mobilizações”, disse o ministro Yerko Núñez, culpando os grupos “radicais” associados ao MAS que “desejam a morte dos bolivianos”.

Morales, atualmente na Argentina, criticou o governo interino, que acusa de organizar um golpe de Estado, e pediu protestos contra o adiamento das eleições. Os manifestantes, principalmente nas áreas rurais, bloquearam o acesso a algumas das principais cidades.

A ouvidoria registrou pelo menos três ferimentos a bala após confrontos no leste da Bolívia, enquanto o Ministério da Saúde registrou na semana passada mais de 30 mortes por falta de oxigênio nos hospitais.

Josep Borrell, alto representante da União Europeia, pediu um "diálogo político" para garantir a paz e observou que as tensões no país estão afetando os bolivianos já "afetados pela pandemia do coronavírus com um sistema de saúde interrompido".

O ministro da Defesa boliviano, Fernando Lopez, disse a repórteres que a violência deve ser evitada. “Não queremos mais mortes. COVID-19 já está levando muitos”, disse ele.

Fontes