Agência VOA

7 de dezembro de 2011

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez disse nesta terça-feira que não aceitará nenhuma "interferência" no seu país por parte do futuro governo espanhol saído das eleições do mês novembro passado.

Como resultado dos comícios, o próximo presidente da Espanha (cargo equivalente ao primeiro-ministro espanhol) será Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP), uma agrupação de direita que no passado havia criticado duramente o governo Chávez.

Tanto Rajoy como deputados do PP acusaram reiteramente o saído governo do Partido Socialista Operário Espanhol de ser muito demasiadamente brando com o regime de Chávez.

Em fevereiro de 2009 as autoridades de Chávez expulsaram de Caracas, o então euro-deputado do PP (Luis Herrero) e no ano passado outro parlamentar dessa agrupação, Gustavo de Aristegui, fez críticas ao processo eleitoral venezuelano e esteve a ponto de ocorrer igualmente.

O PP também tem mantido historicamente uma postura de mão dura com o governo cubano, com quem Chávez tem estreitas relações políticas e de amizade.

Esperamos que reine el juicio político y los intereses de Estado y los intereses económicos que tiene España en Venezuela, que son más que los que Venezuela tiene en España.
(Esperamos que reine o julgamento político e os interesses de Estado e os interesses econômicos que tem a Espanha na Venezuela, que são mais do que a Venezuela tem em Espanha.)

Hugo Chávez, Presidente de Venezuela.

Chávez disse que está na espectativa e adiantou que uma intromissão da Espanha em seu governo "seria um desastre", em virtude das amplas relações econômicas bilaterais.

O mandatário apontou que "para que haja boas relações económicas é necessário que haja boas relações políticas", em alusão aos interesses econômicos espanhóis na Venezuela.

Tanto a gigante petroleira Repsol, como a empresa Telefonica e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), todos da Espanha, têm investimentos no país sul-americano.

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