Agência Brasil

8 de janeiro de 2009

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Pelo menos três foguetes Katyushas foram disparados hoje (8) contra o norte de Israel, procedentes do sul do Líbano. De acordo com informações da BBC Brasil, o ataque aumenta o temor de que o país árabe possa entrar em nova guerra contra o vizinho. Com isso, o sul do território libanês entrou em estado de alerta máximo. Há notícias de que moradores das cidades na fronteira já estariam saindo de casa em direção ao norte.

Um conflito entre Israel e o grupo libanês Hezbollah em 2006 matou 1,2 mil libaneses, a maior parte civis, e 160 israelenses, a maioria militares.

De acordo com informações de autoridades de Israel, os foguetes não causaram mortes, mas deixaram cinco pessoas feridas e outras em estado de choque. Em seguida ao ataque, que atingiu a cidade israelense de Nahariya, o Exército de Israel lançou artilharia contra os arredores das cidades libanesas de Dhaira e Tair Harfa, também sem deixar vítimas.

O exército libanês e as tropas da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano (Unifil) realizaram patrulhas para tentar identificar os autores dos disparos. Segundo informações da agência Lusa, a Unifil foi colocada em estado de alerta reforçado depois do ataque.

De acordo com declarações do ministro de Informações do Líbano, Tarek Mitri, o grupo xiita Hezbollah informou ao governo libanês que não está envolvido no lançamento de foguetes contra Israel. O grupo palestino Hamas, que está em conflito contra o Exército israelense, também já negou a autoria dos disparos.

Ainda de acordo com a Lusa, um porta-voz do Líbano disse que o governo está tentando apurar quem lançou hoje os foguetes. Ele, que pediu para não ser identificado por conta de normas governamentais, garantiu que o Líbano está empenhado na trégua mediada pela ONU em 2006, que pôs fim ao conflito entre Israel e o Hezbollah.

Desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que já entrou no 13º dia, libaneses temem que o Hezbollah ataque o território israelense, abrindo nova frente de combate. O líder do grupo disse ontem (7), em discurso, que suas forças estão em alerta máximo e prontas para lutar caso haja agressão por parte do país vizinho. Já o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, havia declarado que se Israel atacasse o sul do Líbano, o governo entenderia como um ataque a todo o país.

Fontes