14 de julho de 2005

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Durante um ataque surpresa de ladrões de gado, no norte do Quénia, pelo menos 55 quenianos foram mortos, vinte deles crianças.

Até 400 integrantes da tribo Borana, os quais vivem na fronteira da Etiópia, atacaram a comunidade nômade de Gabra para roubar o seu gado. As sociedades não são usam dinheiro e o gado é considerado a principal fonte de riqueza.

Os dois grupos já vinham lutando por água e pastagens durante anos na terra semi-árida. Roubo de gado é muito comum na área, contudo este foi um dos ataques mais mortais e severos da história do Quénia. O ataque pode ter sido uma retaliação a um ataque anterior à tribo Borana, no qual seis pessoas foram mortas.

Famílias inteiras foram mortas neste ataque mais recente. Okille Hukha conseguiu escapar ao esconder-se num arbusto, mas sua esposa e quatro filhos foram assassinados. O filho de Darare Bathachas, a esposa e o neto também foram mortos, mas ela sobreviveu por ter ficado escondida debaixo da cama.

Uma mulher assistiu às suas quatro crianças serem mortas, e seu marido ser decapitado. Uma avó contou como se escondeu embaixo de uma mesa, enquanto seu filho de quarenta anos, a esposa e o filho deles eram assassinados.

Dez Borana foram mortos mais tarde em um novo ataque de vingança.

A polícia queniana está a perseguir os quem participou do ataque, a pé, com o apoio de três helicópteros. Milhares de ovelhas e cabras, gado, camelos e burros já foram recuperados.

A Sociedade da Cruz Vermelha Queniana enviou um helicóptero com estudantes de medicina e provisões para ajudar os feridos no hospital local.

Fontes