17 de janeiro de 2021

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O crítico do Kremlin Alexei Navalny foi detido, neste domingo, 17, após a sua chegada a Moscou, na sua primeira viagem ao seu país, desde que fora envenenado, em agosto passado.

Viajando da Alemanha, Navalny foi detido no controlo de passaportes do aeroporto de Sheremetyevo. O seu advogado, que viajava com ele, não foi autorizado a acompanhá-lo.

As autoridades russas disseram que Navalny ao sair do país violou a sua liberdade condicional, e que o Serviço Penitenciário Federal solicitaria a sua prisão.

O avião de Navalny, operado pela companhia aérea russa Pobeda, que é propriedade da Aeroflot, controlada pelo Estado, deveria aterrissar no aeroporto de Vnukovo, mas em vez disso pousou em Sheremetyevo.

Os apoiantes de Navalny tinham planos de encontrá-lo no aeroporto Vnukovo de Moscou. Cerca de 2.000 pessoas usaram o Facebook para dizer que estariam no aeroporto.

A Procuradoria-Geral de Moscovo afirmou que o evento é ilegal porque não é sancionado pelas autoridades. Citando as restrições da COVID-19, o aeroporto disse que não permitiria a entrada de jornalistas.

No mês passado, o serviço prisional da Rússia ordenou que Navalny comparecesse a uma audiência de liberdade condicional ou correria o risco de prisão por não retornar antes que os termos de sua pena suspensa expirassem.

De acordo com os documentos do tribunal, ele pode enfrentar uma pena de prisão de até 3 anos e meio.

“A questão de 'voltar ou não' nunca se colocou diante de mim, pois eu não parti sozinho. Acabei na Alemanha para cuidados intensivos. No dia 17 de janeiro, domingo, voltarei para casa num voo do Pobeda”, disse Navalny num tweet de 13 de Janeiro.

Fontes