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{{data| 22 de Agosto de 2008}}
 
A saltadora {{w|Maurren Higa Maggi}} colocou seu nome na história do atletismo brasileiro nesta sexta-feira ao conquistar a medalha de ouro no salto em distância nos [[w:Jogos Olímpicos de Verão de 2008|Jogos Olímpicos de Pequim]]. Esta é a quarta medalha de ouro do atletismo brasileiro na história e a primeira feminina na modalidade.
 
É a primeira medalha de ouro no atletismo desde {{W|Joaquim Cruz}}, nos [[w:Jogos Olímpicos de Verão de 1984|Jogos Olímpicos de 1984]], em {{W|Los Angeles}}.
Terceiro esporte com maior número de pódios para o Brasil (13), o atletismo só tinha medalhistas homens, incluindo os ouros de Adhemar Ferreira da Silva nos Jogos de Helsinque-52 e Melbourne-56, no salto triplo, e com Joaquim Cruz, em Los Angeles-84.
 
Aos 32 anos, a paulista de São Carlos garantiu o salto campeão logo na primeira tentativa com 7,04m, superando a ex-campeã olímpica Tatyana Lebedeva. Pressionada, a russa errou quatro saltos e ficou com a prata, saltando 7,03m. O bronze foi para a nigeriana Blessing Okabare, de 19 anos, com 6,91m. A outra brasileira da prova, Keila Costa, terminou em 11º com 6,43m.
 
Chegar ao pódio nesta manhã foi o ponto alto em uma trajetória de recuperação para a saltadora paulista. Depois de participar dos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, Maurren acabou ficando fora da competição em Atenas-2004, enfrentando uma suspensão de dois anos por doping.
 
A brasileira explicou a presença da substância proibida pelo uso de uma pomada cicatrizante após um processo de depilação a laser. Apesar de chorar muito durante a coletiva de imprensa na qual falou sobre o assunto, Maurren nem pediu o exame da contraprova porque tinha planos de ser dona-de-casa e criar sua filha, Sophia, com o piloto Antônio Pizzonia.
 
Mas em 2006, com o fim da relação, ela retornou às pistas determinada a recuperar a antiga posição de destaque. E voltou com tudo, conquistando o bicampeonato nos Jogos Pan-americanos e se credenciando ao pódio olímpico. Na opinião do técnico Nélio Moura, a saltadora paulista reúne não apenas a capacidade técnica, mas também a determinação necessária para suas conquistas, o que comprovou nesta manhã.
 
A prova - Sem a participação da portuguesa Naide Gomes, que bateu a brasileira na final do Mundial Indoor, em Valência, mas não obteve marca para a decisão em Pequim, Maurren tratou de se impor desde o começo. Ela abriu a competição chamando o público para marcar as passadas e cravando 7,04m para superar o desempenho de Lebedeva, até então líder com 6,97m.
 
O resultado colocou toda a pressão sobre a russa, campeã olímpica da prova na Grécia com 7,07m. A européia queimou seus três saltos seguintes, mas a vontade de melhorar ainda mais o salto inicial levou a brasileira a seguir o mesmo exemplo nas outras três tentativas.
 
Lebedeva repetiu a dose no penúltimo salto e Maurren fez um salto de segurança. Para evitar mais uma queima, nem pisou na tábua de impulsão e fez 6,73m.
 
No último salto, Lebedeva foi para o tudo ou nada, mas não superou a marca da brasileira, ficando a apenas 1 centímetro do ouro. Com o desempenho da adversária, Maurren nem preciosu do último salto e já correu para a pista com a bandeira brasileira. Desconsolada, Lebedeva sentou no banco para chorar.
 
Keila queimou seus dois primeiros saltos e conseguiu apenas 6,43m na terceira tentativa, parando ainda na primeira rodada. A brasileira terminou a disputa em 11º lugar.
 
{{haveyoursay}}