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Revisão das 22h55min de 26 de janeiro de 2022

26 de janeiro de 2022

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Quem anda pela cidade do Lubango e nos arredores a pé ou em automóvel facilmente é surpreendido em qualquer esquina por uma criança com a mão estendida.

Para perceber o fenómeno da permanência das crianças na rua e sua causa, o Instituto Nacional da Criança (INAC) na Huíla, colocou nas ruas do Lubango alguns activistas de protecção à criança que estão a levar a cabo um inquérito junto destas.

A directora provincial do INAC, Inês Pimentel, refere que a instituição quer buscar soluções para o problema que passa inicialmente por um levantamento.

“Este inquérito tem a participação de 13 activistas que estão divididos em quatro grupos. Depois deste inquérito vamos trabalhar nos dados e encontrar solução daquilo que nós conseguimos entender a nível da recolha de dados”, disse.

O inquérito visa as crianças pedintes e as que exercem a actividade de engraxadores que também se multiplicam pelas ruas da cidade capital da Huíla.

O advogado e activista, José Manuel, não tem dúvidas em apontar a crise social como a fome que grassa a maioria das famílias como a causa principal do aumento de crianças pedintes na rua.

Para ele a “base deste fenómeno são fundamentalmente situações económicas e sociais, dito de outra maneira, a fome”. “E quando se trata de fome devemos tentar ao máximo nos despir de qualquer abordagem científica e legalista sob pena de cometermos alguns erros”, acrescentou

Na Huíla já foram ensaiadas tentativas de acabar com o fenómeno com a recolha de crianças das ruas, mas a insustentabilidade dos programas associada à crise económica têm tornado difícil a sua implementação.

Fontes