CPI da Covid: Natalia Pasternak, microbiologista da USP, diz que Governo Bolsonaro orquestrou mentira em torno da cloroquina: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Criei uma notícia
(Sem diferenças)

Revisão das 12h29min de 13 de junho de 2021

13 de junho de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A microbiologista da USP (Universidade de São Paulo), Natalia Pasternak, em seu depoimento durante a CPI da Covid na sexta-feira (11/06) fez duras críticas ao Governo Bolsonaro, incluindo o Ministério da Saúde, principalmente ao chamado “tratamento precoce”, que no Brasil preconiza o uso de cloroquina e ivermectina para prevenção e tratamento da covid-19. “É negacionismo. Não é falta de informação. É uma mentira. E no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada pelo Governo Federal, pelo Ministério da Saúde. E esta mentira mata”.

Ela fez as afirmações enquanto apresentava, num telão, relatórios de diversos estudos feitos no mundo todo sobre o uso da cloroquina para tratar covid, citando especificamente um estudo da Fiocruz feito em Manaus e um estudo de cientistas alemães, ambos de 2020. “A gente via que a cloroquina jamais poderia funcionar em humanos”. “A cloroquina nunca funcionou contra nenhuma virose”, completou.

Ela chamou de “evidência anedótica” casos relatados de “meu vizinho tomou e se curou”. “Não importa quantas pessoas relatem isto, este tipo de situação precisa ser investigada. Para ter uma resposta, é preciso investigar a causa e efeito e isto só se consegue em estudos científicos”. Ela fez uma analogia com pessoas que comem queijo e não desenvolvem covid, explicando que é preciso investigar todos os outros fatores que podem influenciar na queda de uma curva de casos ou mortes. “Não se trata de ignorância inocente. É mentir em nome da agenda política. Quando Jair Bolsonaro nega a Ciência, nega o direito à vida dos brasileiros”, disse num momento específico.

Natália também afirmou que devido à conduta do Governo Bolsonaro, o Brasil está ao menos seis meses atrasado no tratamento de pacientes de covid com cloroquina e outros medicamentos que não funcionam contra a doença.

3/4 das mortes poderiam ter sido evitadas

Natália falou à senadora Katia Abreu (PP-TO) que estudos indicam que ao menos três quartos das mortes no Brasil teriam sido evitadas se o Governo Bolsonaro tivesse feito o "dever de casa". "São os dados do pesquisador e professor Pedro Hallal, publicados na The Lancet, de que três de cada quatro mortes teriam sido evitadas se o Brasil estivesse na média mundial de controle da pandemia. Ou seja, quando atingirmos 500 mil mortes, isso quer dizer que 375 mil mortes poderiam ter sido evitadas com um melhor controle da pandemia".

A entrevista na íntegra

Assista a entrevista completa no canal do Senado Federal no You Tube aqui.

Notícias Relacionadas

Fontes