CPI da Covid: secretária da Saúde Mayra Pinheiro nega responsabilidade federal por colapso em Manaus, mas é contestada: diferenças entre revisões

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A explicação da secretária do Ministério da Saúde não convenceu o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que questionou: "Como que uma técnica com este nível de formação, com toda a assessoria do Ministério da Saúde presente em Manaus, vê um quadro desse e não identifica que haveria colapso por falta de oxigênio? Como? Ninguém vai me convencer de que vocês não tinham conhecimento porque o caos estava lá, a olhos vistos. A solução estava ali do lado e não conseguiram resolver", afirmou o senador, o qual também observou que a médica não tem nenhuma publicação na área de medicamentos e, mesmo assim, se contrapôs aos pareceres científicos internacionais.  
 
''';Falta de oxigênio'''
 
Sobre a falta de oxigênio hospitalar para os pacientes, Mayra Pinheiro disse que não foi informada pelas autoridades de saúde locais sobre o risco de desabastecimento. A médica afirmou que esteve em Manaus de 3 a 5 de janeiro e disse acreditar que o ex-ministro {{p|Eduardo Pazuello}} só soube da escassez no dia 8. À CPI, no entanto, o general havia informado que só teve conhecimento na noite do dia 10. 
 
Ainda segundo Mayra Pinheiro, não seria possível previamente calcular quanto de oxigênio seria necessário para suprir a população visto que não se tinha ideia da chegada de novos pacientes. "É possível fazer isso quando nós estamos em estado de normalidade, habitual. Eu sou intensivista, trabalho com uma UTI que tem dez leitos, eu consigo saber que cada um daqueles leitos tem que ter uma provisão de oxigênio e ar comprimido. Em Manaus, numa situação extraordinária de caos, onde não temos noção de quantos pacientes vão chegar ao hospital, é impossível fazer uma previsão de quanto será usado a mais", declarou. 
 
''';TrateCov'''
 
A secretária também teve de dar explicações sobre a criação do aplicativo TrateCov, que teria o objetivo de auxiliar no diagnóstico de {{p|covid-19}}. Mayra disse que foram técnicos da secretaria da qual ela é chefe os responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma, que é similar a outras já existentes e usadas pela medicina no Brasil e em outros países. Segundo ela, foi apresentado um protótipo, no dia 11 de janeiro, em Manaus, mas o sistema não chegou a ser lançado. Diferentemente do que foi dito pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, Mayra informou que o dispositivo não foi hackeado. 
 
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A médica respondeu que havia grande insegurança na época e era necessário fazer a investigação relativa à extração de dados. 
 
''';Habeas Corpus'''
 
O senador {{p|Randolfe Rodrigues}} (Rede-AP) quis saber por que a médica entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de ficar calada diante da CPI. O direito de permanecer em silêncio lhe foi garantido sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de Manaus.
 
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Ainda indagada por Randolfe, a médica também confirmou áudio seu em que dizia a colegas que a {{p|Fiocruz}} tinha "um pênis na porta". O senador rebateu dizendo que a Fiocruz é uma instituição com mais de 100 anos, das mais respeitadas do país, responsável pela produção de milhões de vacinas. Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) informou que o símbolo confundido com um pênis nada mais seria do que o logotipo da Fundação Oswaldo Cruz.
 
''';Teoria conspiratória'''
 
Ao responder ao senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Mayra Pinheiro negou ter presenciado reuniões no âmbito do Ministério com pessoas alheias à pasta. Além disso, a médica não mencionou em que estudos se embasou para promover o "tratamento precoce". O senador salientou que as declarações da médica, assim como a de outros depoentes e políticos, pressupõem uma teoria conspiratória, um grande complô "pela doença", que necessariamente incluiria os laboratórios e maiores instituições científicas e médicas de todo o mundo — já que, ao contrário do que se esperava no início da pandemia, os estudos não demonstraram que a {{p|cloroquina}} teria efeito contra a covid-19. 
 
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O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), elogiou o depoimento da médica, que a seu ver desmontou a "narrativa da oposição". Para ele, Mayra Pinheiro confirmou que o governo fez tudo que esteve a seu alcance para combater a pandemia. Além disso, afirmou que a vacinação no país ocorre em bom ritmo e que a chance de uma "terceira onda" de covid-19 é reduzida. Também o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) elogiou a participação da médica na CPI e voltou a defender o chamado "tratamento precoce", com o uso de hidroxicloroquina. Ele afirmou que os grandes fabricantes de vacinas financiaram um dos estudos contrários ao uso do medicamento.
 
''';Requerimentos'''
 
Em razão do inicio da ordem do dia do Plenário, o presidente da CPI, Omar Aziz, teve que novamente encerrar a reunião da CPI mais cedo. Ainda havia nove senadores inscritos para falar. A comissão se reunirá novamente nesta quarta-feira (25), às 9h30, para deliberar sobre 402 requerimentos que tem em pauta. 
 
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| data = 25 de maio de 2021
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