Harvey já é o desastre natural mais caro da história dos Estados Unidos: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Harvey 2017-08-25 1855Z.png|thumb|esquerda|250px|Imagem de satélite do Furacão Harvey se aproximando do estado do Texas.]]
O furacão {{w|Furacão Harvey|Harvey}} pode ser o desastre natural mais caro da história dos EUA, com um preço potencial de US $ 190 bilhões, de acordo com uma estimativa preliminar da empresa meteorológica privada AccuWeather.
 
Isso é igual ao custo combinado dos furacões Katrina e Sandy e representa um impacto econômico de 1% sobre o produto nacional bruto, disse a AccuWeather.
Enquanto a tempestade tropical {{w|Furacão Harvey|Harvey}} se move em direção ao estado de {{w|Luisiana|Louisiana}}, nos {{w|Estados Unidos}}, a cidade de {{w|Houston}} no {{w|Texas}} e a costa Sul do estado continuam sob efeito de inundações e os prejuízos acumulados vão se tornando mais visíveis.
 
"Partes de {{w|Houston}}, a quarta maior cidade dos {{w|Estados Unidos}}, ficarão inabitáveis por semanas e possivelmente meses devido a danos causados pela água, mofo, água contaminada por doenças e tudo o que se seguirá a essa enchente de 1.000 anos", disse Joel Myers, presidente da AccuWeather.
Consultorias apontam que o prejuízo econômico pode chegar a US$160 bilhões (o equivalente a R$ 503 bi) – o que representa o desastre natural mais caro da história do país. O governador do Estado, {{w|Greg Abbott}}, disse que o estado vai precisar de US$ 125 bilhões de recursos federais (R$ 393 bilhões) para reconstruir áreas atingidas e apoiar a população.
 
A passagem do Harvey impactou toda a população local: empresas, infraestrutura, moradores e também o mercado nacional, já que a região abriga um importante polo petroquímico do país. O Texas tem a segunda maior economia dos Estados Unidos, só perde para a {{w|Califórnia}}. O {{w|Produto Interno Bruto}} (PIB) do estado no ano passado foi superior a US$1,6 trilhão (R$ 5 trilhões).
 
O efeito da tempestade é sentido na alta da gasolina: pelo menos seis grandes refinarias estão fechadas e por isso o combustível já está chegando mais caro a algumas regiões. Antes da passagem do Harley, o preço do galão de gasolina em {{w|Atlanta}}, na {{w|Geórgia (Estados Unidos)|Geórgia}}, era de US$2,10 (por galão de 3,7 litros, cerca de R$ 6,60). Agora, o produto já pode ser encontrado a US$2,45 por galão (R$ 7,70).
 
As autoridades estão em alerta por causa das fábricas que sofreram descargas elétricas e apagões desde sexta-feira (25). Uma indústria química a noroeste de Houston registrou duas explosões hoje (31), mas a área continua sob alerta porque podem ocorrer novas explosões. Os moradores em um raio de dois quilômetros deixaram as casas.
 
Outro alerta é sobre os reservatórios de petróleo e gasolina. Há uma preocupação com vazamentos, já que esses tanques não foram projetados para estar em contato direto com a água. Existe um risco de que ocorram rupturas e que combustíveis alcancem as águas – hipótese que seria, segundo as autoridades, uma tragédia ambiental sem precedentes.
 
=== População atingida ===
[[Ficheiro:Texas National Guard (36720004502).jpg|thumb|200px|Soldados da Guarda Nacional do Exército do Texas oferece apoio as vítimas.]]
Os custos para reconstruir a região vão ser sentidos especialmente para a população das áreas atingidas. Uma outra estimativa divulgada pela imprensa americana, feita por consultorias de risco, aponta que 80% dos moradores da região afetada não possuem seguro residencial. Mais de 40 mil casas foram destruídas, segundo o governo local.
 
E na área metropolitana de Houston, mais de 1,3 milhão de pessoas não possuem seguro saúde, de acordo com estimativas do censo. Além disso, 22,5% da população da cidade vive abaixo da linha da pobreza, de acordo com os números do censo estadual.
 
Já são 35 mortes confirmadas no Texas e ainda há centenas de desaparecidos, segundo o governo. A {{w|Guarda Costeira dos Estados Unidos|Guarda Costeira}} recebe mais de mil chamadas por hora de pessoas que necessitam ser resgatadas.
 
O Exército e voluntários também trabalham para ajudar as vítimas. A {{w|Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho|Cruz Vermelha}} recolhe sangue para levar aos feridos e entrega donativos nas áreas mais afetadas via helicóptero.
 
Até o momento, foram resgatadas dez mil pessoas pelas forças federais. Ao todo, 24 mil soldados das tropas da guarda nacional trabalham em operações de salvamento.
 
=== Políticos ===
Hoje (31) o vice-presidente {{w|Mike Pence}} viajou para o Texas. Na terça-feira (29), o presidente {{w|Donald Trump}} esteve no local acompanhado da primeira dama, Melanie Trump. Em um discurso improvisado na cidade de Corpus Christi, Trump elogiou o trabalho de todos os envolvidos e a logística de atenção às vítimas.
 
O presidente norte-americano alfinetou seu antecessor {{w|Barack Obama}}, ao lembrar que "nessa tragédia não houve problemas de desabastecimento para as vítimas" e que ele também viajou rapidamente para o local.
 
Obama foi bastante criticado após a passagem do {{w|Furacão Katrina}} em {{w|Nova Orleans}}, Louisiana, em agosto de 2005. Na época, o então presidente e seu governo foram criticados pela imprensa por terem demorado alguns dias para viajar ao local e também porque faltou comida e água em alguns abrigos improvisados na ocasião.
 
Apesar de a visita de {{w|Donald Trump}} ter agradado ao eleitorado, ele tem recebido críticas de parte da imprensa, que o acusa de dar mais atenção às provocações da {{w|Coreia do Norte}}, no tema dos mísseis balísticos, do que ao problema interno e às dificuldades enfrentadas pelo Texas.
 
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