Ebola: imigrantes negros são discriminados depois de caso suspeito em Cascavel: diferenças entre revisões

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Nas ruas, no ambiente de trabalho e, principalmente, nas redes sociais, alguns estrangeiros que vivem legal ou ilegalmente, no Brasil, têm enfrentado situações constrangedoras, desde que o africano foi internado em Cascavel, com suspeita de ebola. “Ouvimos no ônibus pessoas dizendo: vocês têm que voltar o para o seu país. Não fazemos nada, só ouvimos”, relatou hoje (16), por telefone, à Agência Brasil o haitiano Marcelin Geffrard, vice-presidente da Associação de Haitianos de Cascavel. “Um amigo reclamou que um grupo de haitianos estava dentro de um coletivo e as pessoas começaram a olhar diferente. No trabalho, as pessoas afastaram-se deles. Alguns disseram que não sabem como diferenciar os africanos dos haitianos”, acrescentou Geffrard.
 
Assim como Brasileia, no Acre, a cidade de Cascavel têm sido o destino de milhares de haitianos desde 2010, quando um terremoto devastou o país caribenho. Atualmente, mais de 2 mil deles vivem no município paranaense. Maior cidade do oeste do estado, com cerca de 300 mil habitantes, Cascavel tem várias fábricas e indústrias que empregam a mão de obra estrangeira. Além dos haitianos, imigrantes africanos também têm chegado na cidade nos últimos meses.
 
Vivendo há dois anos e oito meses no Brasil, Geffrard atualmente comanda um programa em Cascavel e trabalha em uma empresa auxiliando a comunicação com compatriotas a serem contratados. Nesse período, disse nunca ter sido discriminado por brasileiros. Apesar da angústia pelos atos discriminatórios, ele disse entender a “preocupação” dos brasileiros. “É pela coisa do ebola. Qualquer pessoa vai ficar com medo. É uma doença muito séria.”
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“Não podemos generalizar. Se tem ocorrido casos de discriminação e preconceito, deve ser pelo medo das pessoas em relação à doença, apesar de termos consciência de que nada justifica o preconceito”, acrescentou a secretária.
 
Coordenadora do Instituto Migrações e Direitos Humanos, uma rede de apoio a imigrantes e refugiados com mais de 50 instituições, atuando em todas as regiões do país, Rosita Milesi ressaltou que manifestações de “rejeição” ou “hostilidade” a imigrantes negros têm sido frequentes no Brasil, mesmo antes do surgimento da suspeita do caso de ebola.
 
“Os ataques discriminatórios começam, às vezes, nas redes sociais, onde é mais fácil dizer o que se quer sem mostrar quem se é. Infelizmente, o imigrante negro, seja qual for sua nacionalidade, tem sido alvo de preconceito e discriminação. Por mais que se considere razoável, o cuidado para evitar o contágio e a disseminação da doença, em nenhuma hipótese justifica-se o preconceito e a discriminação aos imigrantes ou a quem quer que seja”, frisou.
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== Fontes ==
 
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|data= 16/10/2014
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{{Agência Brasil}}
 
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