22 de abril de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

"O Brasil escolheu ficar de fora", escreveu o Observatório do Clima, após as falas e novos comprometimentos de diversos líderes mundiais em torno da questão ambiental na Cúpula do Clima. A discussão foi convocada pelo presidente Joe Biden e iniciou hoje, no Dia da Terra.

Durante o evento, que aconteceu de modo virtual devido à pandemia de covid-19, "as três maiores potências globais — EUA, China e União Europeia — devem começar a travar uma corrida rumo à recuperação verde e à descarbonização econômica", escreveu o Observatório ainda, tendo os Estados Unidos, especialmente anunciado o compromisso de reduzir 50% de sua emissão de gás carbônico até 2030, o que, "praticamente" dobra a redução que havia sido proposta pelos americanos no Acordo de Paris, reportou O Eco.

Além de Biden, autoridades como Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Xi Jinping, presidente da China; Vladimir Putin, presidente da Rússia; Narendra Modi, o primeiro-ministro da Índia; Emmanuel Macron, presidente de França; Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido; António Guterres, secretário-geral da ONU; o Papa Francisco, chefe da Igreja Católica; e Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, também participaram ou participarão da Cúpula, que termina amanhã.

As mentiras de Bolsonaro

Segundo o UOL, Bolsonaro "mentiu sobre aumentar recursos para fiscalização ambiental" quando na verdade um levantamento do Observatório do Clima mostra que os recursos não obrigatórios destinados ao Ibama e ao ICMBio para fiscalização e combate a incêndios registraram queda de R$ 193 milhões, em 2019, para R$ 174 milhões milhões em 2020.

O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) também escreveu que, apesar do presidente prometer desmatamento ilegal zero até 2030 e neutralidade de emissão de carbono até 2050, "as ações de seu governo colocam o país na direção oposta". Entre os problemas apontados pelo Instituto no governo Bolsonaro estão desde a grilagem de terras em florestas públicas e o aumento de emissões de gases estufa devido o também crescimento do desmatamento, até ataques a comunidades tradicionais. "Infelizmente neste momento o papel do antagonista climático veste como luva no Brasil, devido a ações que se chocam com o que se espera dos países, ou seja, o controle das mudanças climáticas", enfatizou o Instituto.

Os planos da União Europeia

Às vésperas do encontro, a União Europeia anunciou o plano de cortar pelo menos 55% das emissões poluentes até 2030, 15% acima do que foi tratado durante o Acordo de Paris há seis anos.

Notícias Relacionadas

Fontes