1 de maio de 2021

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Em meio à gravidade da pandemia de covid-19 no Brasil, com registros recordes de mortes em 2021, ontem o IBGE anunciou um novo recorde no número de desempregados: mais de 14,4 milhões estão desocupadas no país. "É o maior contingente desde 2012", reportou o Instituto, adicionando ainda que "o resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020)".

Isto significa que atualmente cerca de 6,8% da população brasileira está desempregada, mas se forem considerados só os adultos dos 20 aos 59 anos de idade, que correspondem a 50,5% da população, portanto 106 milhões de pessoas que formam "o grosso" da força de trabalho, este índice sobe para 13,6%.

Segundo o IBGE, houve redução de 7,8 milhões postos de trabalho em um ano de pandemia.

Reforma trabalhista sem efeitos positivos

Já o Dieese, num especial do Dia do Trabalho, reportou que não houve grandes efeitos positivos da “reforma” trabalhista de 2017 sobre o mercado de trabalho. Os dados levantados mostram que, diferente do prometido durante a tramitação do projeto que resultou na Lei 13.467, a “flexibilização” teve quase efeito zero na criação de postos de trabalho. Entre o final de 2017 e igual período de 2019 (ou seja, antes da pandemia), o desemprego havia caído apenas 0,8 ponto percentual com a criação de 635 mil novos empregos.

“No final de 2020, nove meses após o começo da crise sanitária, 13,9% da força de trabalho não tinha ocupação”, lembrou o Dieese também.

Perda de poder aquisitivo

Entre os que trabalham, mesmo que informalmente, o destaque é para a perda do poder de compra, com o salário mínimo valendo cada vez menos em meio ao aumento de preços dos produtos da cesta básica. Em algumas das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, mais da metade do salário mínimo ia para aquisição de alimentos essenciais. A inflação também continua em ritmo de elevação, puxada em boa parte pelos combustíveis, resultado da política de preços da Petrobras, que tem o mercado internacional como referência.

Menos empregos domésticos

O número total de pessoas empregadas no trabalho doméstico caiu de 6,4 milhões no quarto trimestre de 2019 para 4,9 milhões de pessoas em igual período do ano passado, o que significa 1,5 milhões de vagas a menos.

A renda média nacional da categoria também diminuiu de R$ 924 para R$ 876, reporta o Dieese.

Referências

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Fontes