Brasil • 12 de março de 2006

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O delegado da Polícia Civil de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, declarou em depoimento para a CPI dos Bingos na quinta-feira (9) que indiciaria Antonio Palocci por participação no esquema de corrupção na Prefeitura de Ribeirão Preto se ele não fosse ministro da fazenda do Brasil. Por ser ministro, Palocci tem direito a foro especial e pode ser julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Valencise é "evidente a participação de Palocci" quando este era prefeito de Ribeirão Preto entre 2001 e 2002 no esquema de superfaturamento de contratos de varrição pública em benefício da empresa Leão Leão, prestadora de serviço de coleta de lixo no município. Além de Palocci, segundo o delegado, estaria implicado também no esquema Gilberto Magioni, substituto de Palocci na prefeitura (2002-2004).

O delegado disse à CPI dos Bingos: "É evidente a participação do primeiro e do segundo prefeito [Palocci e Maggioni]. Tendo em vista que se trata de um esquema muito grande, não é possível que tenha ocorrido com a participação apenas de funcionários subalternos".

O delegado informou que espera concluir o inquérito policial dentro de 30 dias. Segundo o delegado, somente uma pequena parte do valor pago pela prefeitura de Ribeirão era usado para cobrir os gastos com a varrição das ruas da cidade. A maior parte do pagamento seria doada ilegalmente para a empresa Leão Leão que lavava o dinheiro com notas fiscais falsas e então devolvia uma parcela para a prefeitura.

Fontes