Agência Brasil

28 de abril de 2020

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A concentração de vencimentos de papéis e a recompra de títulos motivados pela crise provocada pela pandemia da Covid-19 fizeram a dívida do governo cair em março. A Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui as dívidas interna e externa do governo federal – recuou, em termos nominais, 1,55% em março, na comparação com fevereiro, informou hoje (28) a Secretaria do Tesouro Nacional. O estoque passou de R$ 4,281 trilhões para R$ 4,215 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública em títulos no mercado interno, caiu 2,28% em março, passando de R$ 4,099 trilhões para R$ 4,006 trilhões.

O aumento deve-se, segundo o Tesouro, ao resgate líquido de R$ 121,88 bilhões na DPMFi. Esse resgate foi parcialmente compensado pela apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 28,43 bilhões.

O resgate líquido de títulos da Dívida Pública Mobiliária Interna deu-se pela diferença entre o total de novos títulos resgatados (embolsado pelos pagadores) – R$ 143,58 bilhões – em relação ao volume de novos títulos enviados pelo Tesouro Nacional, que somou R$ 21,58 bilhões. Por causa da volatilidade do mercado, o Tesouro deixou de realizar vários leilões, e as emissões mensais atingiram o menor nível desde maio de 2010.

Detentores

Os bancos seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal interna, com 25,85% de participação no estoque. Os fundos de pagamento com 25,67% e os fundos de pensão com 25,15% aparecem em seguida na lista de detentores da dívida.

Com a retirada de recursos de pagadores internacionais do Brasil, decorrente da crise econômica, a participação dos estrangeiros caiu, atingindo 9,82% em março. Esse é o menor percentual de estrangeiros na dívida interna desde fevereiro de 2010. Os demais grupos somam 13,51% de participação, segundo os dados apurados no mês.

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