14 de dezembro de 2020

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Divulgado no final da tarde da sexta-feira passada (11/12), o mapa preliminar da 32ª rodada do Distanciamento Controlado trouxe pela primeira vez regiões com risco epidemiológico altíssimo no estado do Rio Grande do Sul (RS) desde que o modelo foi implementado, em maio. A constante redução de leitos de UTI livres e o aumento de casos de contágio e de internação por coronavírus fizeram com que as regiões de Bagé e de Pelotas fossem classificadas na bandeira preta. A indicação é a restrição máxima prevista pelo modelo e significa que tanto a capacidade hospitalar como o contágio por coronavírus alcançaram níveis críticos na região.

O governo do estado ressalta que o momento é de extremo alerta: “O Rio Grande do Sul observou aumento em quase todos os indicadores monitorados pela equipe do Distanciamento Controlado. Houve elevação, nos últimos sete dias, de 14% nas hospitalizações por covid-19 (de 1.174 para 1.338 casos), que alcançou o maior número desde o início do monitoramento”.

7.513 vidas perdidas

Haviam sido registrados 61 óbitos no Rio Grande do Sul entre quinta e sexta-feira passada, conforme o boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado no dia 11. Com isso, o estado somava 7.513 vidas perdidas por conta da covid-19. O estado também já registrava 369.142 infectados pela doença, com a confirmação de 5.308 novos casos pela SES. Dos confirmados, 341.444 (92%) eram considerados recuperados.

As vítimas fatais registradas no dia 11 foram nas cidades de Gravataí (6), Porto Alegre (5), Canoas (4), Caxias do Sul (3), Novo Hamburgo (3), Pelotas (3) Passo Fundo (2), Alvorada (2), Erechim (2), Sapucaia do Sul (2), Uruguaiana (2), Santo Ângelo (2), Rosário do Sul (2), São Leopoldo, Santa Maria, Cachoeirinha, Esteio, Sapiranga, Osório, Viamão, Santa Rosa, Gramado, Vacaria, Garibaldi, Capão da Canoa, Alegrete, Tapejara, Santana do Livramento, Lagoa Vermelha, Panambi, Nova Santa Rita, Ivoti, Cidreira, Barão de Cotegipe, Caraá e Capivari do Sul.

Ocupações de UTI seguem em alta

A taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o estado seguia alta no dia 11, mantendo-se acima de 80%. Às 18h de sexta, estava em 82,6%, sendo 2.107 pacientes em 2.552 leitos de UTI. Entre os internados, 894 (42,5%) tiveram a covid-19 confirmada e 167 tinham suspeita da doença. Os leitos privados no estado apresentavam 97,8% de ocupação. Já o SUS estava com uma ocupação de 76,8%.

Em Porto Alegre, a taxa de ocupação das UTIs havia fechado a quarta-feira em 90,4% e dois hospitais estavam com lotação máxima no dia 11: o Hospital Moinhos de Vento e o Hospital Independência. Entre os 703 pacientes internados, 294 tinham covid-19 confirmada, 17 tinham suspeita da doença e 19 estavam na emergência aguardando UTI.

De acordo com o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), o RS é o sexto estado em número de pessoas já infectadas pelo novo coronavírus e o sétimo em vítimas fatais.

Detalhamento do mapa preliminar

Segundo o Executivo estadual, as regiões de Bagé e Pelotas (Macrorregião Sul), que compreendem 28 municípios com 9,3% da população gaúcha, foram classificadas com bandeira preta devido ao agravamento de importantes indicadores do Distanciamento Controlado. Em relação ao número de óbitos, Pelotas é a mais expressiva, registrando 41 mortes confirmadas por covid-19 na semana passada, quase o dobro se comparado com a semana retrasada (23 óbitos). Bagé registrou mais 10 mortes na semana passada, o mesmo indicador da rodada anterior, contudo, quintuplicou os registros na comparação com a semana de 23 de novembro, quando houve duas mortes.

Desde a 26ª semana do Distanciamento Controlado, a região de Pelotas apresenta aumento nas hospitalizações de confirmados da doença. Enquanto na 26ª rodada foram 22 registros, na semana passada, a 32ª, foram 87. De forma similar, Bagé apresentava aumento desde a 28ª semana, quando houve cinco hospitalizações – na semana passada, foram 23.

A Macrorregião Sul registrou também aumento em termos de ocupação de leitos de UTI, tanto para casos de covid-19 (de 38 para 50) como por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), de 54 para 74.

Das outras 19 regiões, apenas Cruz Alta recebeu classificação final de bandeira laranja (risco epidemiológico médio). As outras 18 estão na bandeira vermelha (risco epidemiológico alto).

Mapa final

O governo do RS confirmou hoje, após avaliar os "pedidos de reconsideração" dos prefeitos das cidades em bandeira preta, que as regiões continuarão marcadas com a bandeira de risco altíssimo pelo menos até a próxima segunda-feira, 21 de dezembro.


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Fontes

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