10 de dezembro de 2020

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Elcio Franco, Secretário Executivo do Ministério da Saúde, anunciou hoje durante uma live do órgão nas redes sociais que o Brasil assinou ontem (09/12) um "Memorando de Entendimento" com a Pfizer para a compra de 70 milhões de doses da vacina anti-Covid-19 produzida pela empresa. Segundo Franco, estas doses devem ser entregues ao país em 2021.

"Se houver autorização para uso emergencial e se a Pfizer conseguir entregar, é possível iniciar ainda no corrente ano", disse.

Ele também falou que um documento igual já foi assinado com a Sinovac, que produz a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan, mas relembrou que até agora nenhuma das empresas que está testando vacinas no Brasil pediu o registro de uso emergencial para a Anvisa.

A chamada "vacina da Pfizer" é uma das mais caras em produção, podendo custar cerca de 35 dólares a unidade (~175 reais na cotação de hoje). A CoronaVac, já comprada pelo governo de São Paulo, custará cerca 10 dólares (~50 reais na cotação de hoje). Outro problema relativo a esta vacina é a necessidade dela precisar ser conservada numa temperatura de cerca de -70ºC negativos. No entanto, a rede de saúde no Brasil usa geladeiras comuns, para manter imunizantes que necessitem até -10ªC.

O anúncio de hoje vem após analistas dizerem que havia uma "guerra de vacinas no Brasil", motivada por Bolsonaro precisar dar uma resposta à sociedade, após o governador João Doria anunciar ontem que a vacinação - com a CoronaVac - em São Paulo começaria em janeiro.

As duas autoridades travam, há meses, uma disputa sobre a aprovação da vacina CoronaVac e há cerca de dois meses Bolsonaro chegou a dizer que o "Brasil não compraria a vacina da China", fala que gerou críticas tanto no setor político como privado, que consideram que o país precisa comprar a vacina que estiver disponível - ou até mais que uma - para poder voltar à normalidade e evitar ainda mais perdas econômicas e de vidas causadas pela pandemia.

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