19 de junho de 2021

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O Brasil chegou hoje a 500.800 mortes por covid-19, se tornando o segundo país, depois dos Estados Unidos, a alcançar esta cifra.

A informação é do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) que reporta também que destes óbitos, 2.301 aconteceram nas últimas 24 horas. Segundo o Conselho também, o total de casos acumulados hoje chega a 17.883.750, com 82.288 contaminações tendo sido registradas pelas Secretarias Estaduais de ontem para hoje.

O país chegou a 50 mil mortes em 21 de junho de 2020, a 100 mil em 08 de agosto de 2020, a 200 mil em 07 de janeiro de 2021, a 300 mil em 24 de março e a 400 mil em 29 de abril - números que provam que a pandemia saiu de controle no país nos últimos 6 meses, quando foram registrados cerca de 60% das mortes totais, já que o país levou de março de 2020 a janeiro de 2021 para chegar a 200 mil óbitos, enquanto levou pouco mais de 5 meses para registrar outras 300 mil.

Novos recordes recentes

No dia 16 passado, o Brasil registrou 2.997 óbitos por covid em 24 horas, sendo a primeira vez, em semanas, que este número voltava a rondar os 3 mil.

A média móvel, que hoje está em 2.075, também voltou a bater recordes nos últimos dias, já que por três vezes esta semana, passou de 2 mil: 2.037 ontem e 2.025 no dia 16 passado, além da cifra de hoje. Esta média não passava de 2 mil há cinco semanas.

A média móvel geralmente refere-se às mortes por covid registradas nos últimos sete dias. Ela pode também ser calculada para outros períodos, como no caso da média móvel de 14 dias, adotada pelo Ministério da Saúde no painel do SUS Analítico.

Ela é móvel porque a cada dia, para fazer a média do período de 7 ou 14 dias, o dado do dia mais recente é adicionado, enquanto a cifra de óbitos mais antiga é retirada.

Situação pode piorar com a chegada do inverno, aponta Fiocruz

Em seu Boletim do Observatório Covid-19, a Fiocruz alertou no dia 17 passado que "o quadro da pandemia no Brasil permanece bastante crítico" e que "com a entrada do inverno, há possibilidade de agravamento da pandemia no país nas próximas semanas".

A Fundação expressou, novamente, preocupação com a possível falta de leitos de UTIs em caso de agravamento, uma vez que há semanas diversos estados estão com ocupação acima de 80% e muitas vezes, acima de 90%.

No último Boletim, nove unidades da Federação encontravam-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Paraná (97%), Tocantins (97%), Sergipe (96%), Santa Catarina (96%), Pernambuco (94%), Mato Grosso (93%), Alagoas (92%), Distrito Federal (92%) e Mato Grosso do Sul (91%).

Terceira onda

Em seu Boletim do Observatório Covid-19 divulgado no dia 09 passado, a Fiocruz alertou que "ainda é prematuro considerar (...) que estamos entrando em uma terceira onda” da pandemia de covid-19.

Já no último Boletim, os analistas enfatizaram que "semana após semana, cria-se a expectativa de que podemos iniciar a temida terceira onda, abandonando a ideia de que ainda temos um quadro crítico, como se tivéssemos, para entrar na terceira onda, saído da segunda”.

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Fontes