Covid-19: Tanzânia anuncia que prefere usar ervas a vacinas, enquanto vários países africanos não mostram dados confiáveis sobre a pandemia

4 de janeiro de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Autoridades do Ministério da Saúde da Tanzânia disseram que preferem usar ervas locais para tratar covid-19 a comprar vacinas, alegando que é impossível o desenvolvimento de um imunizante seguro em apenas seis meses.

O uso de plantas, em chás, tônicos e outras formulações, tem sido polêmica há meses na África, após o presidente de Madagascar ter anunciado que a planta Artemisia annua seria eficiente para prevenir e curar covid. Na época, no entanto, não havia qualquer estudo indicando sua eficácia e os testes realizados posteriormente tampouco provaram que ela tinha efeitos positivos contra a infecção por Sars-Cov-2.

A Tanzânia foi um dos primeiros países a importar o "tônico herbal de Madagascar", assim como um dos primeiros da África a anunciar que estava livre da covid. No entanto, autoridades estrangeiras não acreditam que a pandemia esteja sob controle no país, mas sim que o governo não esteja fazendo esforços suficientes para testar a população ou mesmo esteja escondendo os dados reais.

Por cautela, países como os Estados Unidos emitiram um "alerta nível 4" para viajantes que queiram ir para a Tanzânia e outros países africanos, como Quênia, Uganda e Burundi.

17,5% do PIB da Tanzânia depende de turismo, já que o país é visitado por cerca de 1,2 milhão de turistas todos os anos, número que o governo quer ampliar para 5 milhões até 2025.

Notícias Relacionadas

Fontes