7 de maio de 2021

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O Ministério da Saúde anunciou no dia 05 passado o lançamento do PrevCov, um estudo que testará 211.129 brasileiros, em mais de 62 mil domicílios de 274 municípios, a partir de 1º de junho, com o objetivo de gerar um mapa detalhado da transmissão e comportamento da covid-19 no país e saber qual a prevalência da doença nos diferentes grupos sociais da população brasileira.

"Com a PrevCOV, será possível saber em quais estados, capitais ou regiões metropolitanas a infecção pela Covid-19 tem sido mais intensa. E obter características socioeconômicas e epidemiológicas dos pesquisados e ter o cálculo da morbidade e letalidade do coronavírus. Com essas informações, o Ministério da Saúde quer aprimorar as estratégias de enfrentamento e prevenção à doença", diz o texto divulgado.

As pessoas participantes do estudo farão um teste sanguíneo e se ao fim do estudo, por exemplo, de 211 mil pessoas 42 mil já tiverem anticorpos, pode-se dizer que a prevalência da doença na população brasileira será de cerca de 20%, ou seja, que de cada 100 pessoas, 20 já tiveram covid ou desenvolveram defesas após serem vacinadas.

Com a prevalência será possível estabelecer qual a "imunidade de grupo" no Brasil.

Imunidade de grupo

A imunidade de grupo - ou de rebanho - ocorre quando uma grande parte de uma população adquire imunidade contra uma doença, por vacinação ou por infecções causadas pelo patógeno. "A imunidade do rebanho contra covid-19 deve ser alcançada protegendo as pessoas por meio da vacinação", alertou a OMS em final de 2020. A Organização ainda aponta que "a porcentagem de pessoas que precisam estar imunes para obter imunidade coletiva varia com cada doença. Por exemplo, a imunidade coletiva contra o sarampo exige que cerca de 95% da população seja vacinada. Os 5% restantes serão protegidos pelo fato de que o sarampo não se espalhará entre os vacinados. Para a poliomielite, o limite é de cerca de 80%".

Sobre a imunidade de grupo para a covid-19, a OMS não cita uma cifra, anunciando, no entanto, que "as tentativas de alcançar a 'imunidade de rebanho' por meio da exposição de pessoas a um vírus são cientificamente problemáticas e antiéticas".

Especialistas diversos estimam que a imunidade de grupo para covid-19 deverá estar entre 70 e 80%.

Epicovid

Um estudo semelhante realizado no Rio Grande do Sul, cujos resultados da 10ª rodada foram apresentados há cerca de duas semanas, apontou que 18,1% dos gaúchos têm anticorpos para o coronavírus Sars-Cov-2, o que significa cerca de 2 milhões de pessoas de uma população total de mais de 11 milhões.


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