29 de novembro de 2020

Painel do Conass mostra crescimento da pandemia no Brasil nas semanas 46, 47 e 48
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Segundo a última atualização no Painel Covid-19 do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), feita no final da tarde de ontem, o Brasil teve entre domingo passado e ontem novos 237.486 casos de Covid-19. O número é o maior desde o período entre 30 de agosto e 5 de setembro, período no qual 269.262 novas infecções foram certificadas.

E mais: o painel mostra um crescimento contínuo nas últimas três semanas, como 195.398, 203.827 e 237.486 novos casos respectivamente.

Com relação aos óbitos a situação não é diferente e com 3.572 novas fatalidades na última semana, o Brasil passou de 3.500 óbitos pela primeira vez desde o início de outubro, quando teve mais de 4 mil mortes entre os dias 04 e 10 de outubro. Além disto, nas últimas três semanas o número expressivo de mortes, acima de 3 mil, se manteve contínuo: 3.389, 3.331 e 3.572.

Na semana de 1 a 7 de novembro as mortes haviam sido de “apenas” 2.386.

Divergências sobre 2º onda de Covid no Brasil

Enquanto a Fiocruz em seu último Boletim Observatório Fiocruz Covid-19 sugeriu “cautela quanto a afirmar que o Brasil vive uma “segunda onda” da pandemia”, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse na sexta-feira passada que "estamos, de fato, vivendo uma segunda onda aqui no Rio Grande do Sul, assim como outras regiões estão vivendo”. Neste mesmo dia, pela primeira vez desde que a pandemia começou no Brasil, o estado ficou todo em "bandeira vermelha", que indica situação de "alto risco", não só para contágios e mortes, mas também para o perigo da falta de leitos nos hospitais gaúchos, mesmo em UTIS.

E a capital do Estado está próxima de chegar a este ponto. Com 90,24% de suas UTI ocupadas - 256 pacientes destes leitos já estão confirmados para Covid - para tentar contornar a situação, o prefeito decretou que "a partir desta segunda-feira, 30/11, eventos sociais, como festas de casamentos e aniversários, estarão proibidos em Porto Alegre". No texto divulgado no website da Prefeitura, ainda é explicado que a medida é importante "para evitar que sejam necessárias mais restrições à atividade econômica" e que todos, mesmo as "entidades empresariais e comerciais, devem ajudar na conscientização dos porto-alegrenses sobre a importância de manter os hábitos de higiene e não fazer aglomerações".

Lotação dos hospitais começa a preocupar em todo Brasil

Em seu Boletim, a Fiocruz apontou que existe uma tendência de piora da pandemia em todo Brasil. “A taxa de incidência, que já se encontrava em níveis altos por todo o país, voltou a subir em vários estados e em suas capitais nas duas últimas semanas”.

Segundo a Fundação, as taxas de ocupação de leitos de UTI estão em “situação crítica” no Amazonas (86%) e Espírito Santo (85,1%), enquanto Santa Catarina (78,6%), Rio de Janeiro (70%), Minas Gerais (64,5%) e Bahia (61,1%) enfrentam uma “situação de alerta”.

Já as capitais com as taxas em “situação crítica” são Macapá (92,2%), Vitória (91,5%), Curitiba (90%), Porto Alegre* (88,7%), Rio de Janeiro (87%), Florianópolis (83%) e Manaus (86%). Na zona de “alerta” estão Fortaleza (78,7%), Belém (78,3%) e Campo Grande (76,1%).


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Fontes