23 de julho de 2009

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Em meio à deterioração de relações diplomáticas entre Colômbia e Equador, foi divulgado na última sexta-feira (17), um vídeo em que o Mono Jojoy, um membro do Secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) enumera, entre outras coisas, ter dado dinheiro em dólares ao então candidato presidencial do Equador, Rafael Correa, para as eleições 2006.

O vídeo revelado pela AP, de aproximadamente uma hora de durção e filmado em maio do ano passado, foi encontrado em 29 de maio deste ano, em um computador após uma operação realizada em Bogotá, em que capturou Adela Perez, um membro do a organização terrorista.

Mono Jojoy também afirma que existem documentos a qual consta o pacto, mas que "resultam muito comprometedores em nossos laços com os amigos." Ele se referiu à morte de Manuel Marulanda: "Hoje nasceu com uma solidão imensa. Muito, mais muito triste. O camarada [Marulanda] faleceu ontem [dia] 26 [de março], às 18h20. [Eles] Dizem que [foi] de um ataque cardíaco".

Em várias ocasiões, o presidente equatoriano havia negado vínculos que o relacionam com a guerrilha colombiana, tanto assim que em uma entrevista concerdida ao El Pais, em abril de 2008, anunciou que seria difícil restabelecer o normal funcionamento das relações com a Colômbia se o governo desse país seguir a realizar "uma campanha de desprestígio" contra ele, mas afirmou que "a mim não me interessa manter uma disputa com Bogotá".

Miguel Carvajal, Ministro da Segurança, disse que primeiro deveriam ser vistas e logo ser comprovada a veracidade das mesmas; mas disse que tem a "absoluta convicção e força que o governo do presidente Correa não tem nem a campanha, nem tem nenhuma relação ou apoio de grupos como as FARC e muito menos nenhum tipo de acordo".

William Brownfield, embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, disse que "a comunidade internacional tem a obrigação de ver, rever e analisar o vídeo".

No dia seguinte, Rafael Correa, divulgou nota em que nega ter recebido dinheiro das FARC na campanha de 2006. Porém na época da eleição presidencial daquele ano, declarou em coletiva de imprensa, que o grupo guerrilheiro que luta para derrubar o governo colombiano, que praticava sequestros e atentados, graças ao tráfico de drogas, "não são terroristas", o que provocou protestos vêementes do governo colombiano, que esforçava na América Latina, para que o financiamento e apoio aos FARC foram da Colômbia seja combatida.

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