Contas do governo central têm estimativa de superávit primário de R$ 41,4 bilhões em outubro
12 de novembro de 2024
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (12), a estimativa preliminar do resultado primário das contas do governo federal em outubro de 2024. O estudo aponta superávit primário de R$ 41,4 bilhões no mês. No acumulado no ano, a avaliação é de déficit de R$ 64,3 bilhões, a preços constantes de outubro, ante o déficit de R$ 79,3 bilhões no mesmo período de 2023.
A receita líquida atingiu R$ 209,8 bilhões no mês, um crescimento de 11,3% em termos reais, em comparação ao apurado em outubro de 2023. Já a despesa, totalizou R$ 168,3 bilhões, um decréscimo de 0,7% na mesma base de comparação. O levantamento é feito a partir dos dados da execução orçamentária registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal.
Na receita total, outubro de 2024 registrou um crescimento real de 11%, em comparação com o montante arrecadado no mesmo mês do ano passado. Esse aumento observado se deu em função da arrecadação de receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que tiveram um crescimento real de R$ 21,6 bilhões (15,4%). As receitas não administradas pela RFB tiveram um aumento real de arrecadação de R$ 1,8 bilhões (5,6%) e as receitas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) apresentaram um crescimento de R$ 1,1 bilhão (2,1%).
Com isso, a receita líquida, após as transferências legais e constitucionais, teve um crescimento de R$ 21,2 bilhões (11,3%) a preços constantes. No acumulado até outubro, a receita líquida de transferências registrou uma variação real positiva de 6,9%, somando um crescimento de R$ 115 bilhões a preços constantes, fortemente impactada pelo bom desempenho da arrecadação das receitas administradas pela RFB – que marcaram no período um acréscimo de 12,8%, aumento real de R$ 162,3 bilhões.
Quanto à despesa total, houve uma queda em outubro, em termos reais, de R$ 1,2 bilhão (-0,7%) em relação ao mesmo mês de 2023, decorrente principalmente do menor volume de pagamento de despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira – redução de R$ 6,8 bilhões (-13,8%).
No acumulado do ano até outubro, a despesa teve um crescimento real de R$ 100 bilhões (5,7%), em comparação ao mesmo período do ano passado, muito influenciada pelo pagamento de outras despesas obrigatórias, que apresentou um crescimento real de R$ 47,5 bilhões (18,5%).
Fontes
editar- ((pt)) Contas do governo central têm estimativa de superávit primário de R$ 41,4 bilhões em outubro — Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 11 de novembro de 2024
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