11 de março de 2023

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As delegações do governo colombiano e do Exército de Libertação Nacional (ELN) culminaram o segundo ciclo de negociações, a partir do México, no qual definiram uma agenda que inclui "o reconhecimento político e jurídico" do grupo armado.

Na sexta-feira, foi anunciada a Resolução 036, de 6 de março de 2023, por meio da qual o governo do presidente Gustavo Petro lhe concede esse status, em meio à mesa de diálogo com o grupo subversivo.

Durante um evento de encerramento, as partes anunciaram as linhas de trabalho para abordar o cessar-fogo, no próximo ciclo, que acontecerá em Cuba.

Segundo o chefe da equipe de negociação do governo colombiano, Otty Patiño, "foram abordados os temas mais urgentes, sinceros e delicados como o cessar-fogo. É uma exigência de toda a nação colombiana, parem com a violência".

Por sua vez, o líder da delegação do ELN, Pablo Beltrán, disse que “foram dados os primeiros passos para concretizar um cessar-fogo bilateral nacional e temporário que criará melhores condições para a mobilização e participação dos colombianos no processo de paz”.

"Só a paz torna viável o nosso país", acrescentou.

A nova agenda para o diálogo de paz também inclui outros pontos relacionados com a participação da sociedade para alcançar a paz, "reconhecimento de todas as vítimas, seus efeitos e seus direitos", e políticas e planos de desenvolvimento que permitam a superação do conflito.

Após uma pausa, o terceiro ciclo de negociações será iniciado em Cuba, com México, Noruega, Venezuela, Brasil, Chile e o país centro-americano como avalistas na negociação.

O governo e o ELN iniciaram as negociações em novembro de 2022, quando o presidente Gustavo Petro busca, entre outras iniciativas, se aproximar e negociar com os grupos armados para alcançar um de seus eixos de governo: a paz total.

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