Agência Brasil

6 de maio de 2008

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Os estragos provocados pelo ciclone extratropical que atingiu a Região Sul no fim de semana foram maiores no Rio Grande do Sul, onde o número de atingidos pelas fortes chuvas chegou a 200 mil. Dados preliminares da Defesa Civil gaúcha mostram que aproximadamente 3 mil pessoas ficaram desalojadas – 2 mil na região metropolitana de Porto Alegre e mil no litoral norte. O número de desabrigados é estimado em 350 – 300 em Porto Alegre e 50 no litoral norte.

Até o momento, os municípios de Santo Antônio da Patrulha, Mampituba, Alvorada, Caará, Três Forquilhas, Itati, Tramandaí e Riozinho decretaram situação de emergência. Outras três cidades – Rolante, Três Cachoeiras e Maquiné – estão na iminência de fazer o mesmo, já tendo inclusive encaminhado a notificação preliminar de desastre à Defesa Civil estadual.

“Neste momento, a regional da Defesa Civil no litoral norte dá suporte às comunidades que estão retomando suas atividades e limpando suas casas. No litoral, o problema maior foi de deslizamento de terras sobre estradas e pontes”, disse o chefe da divisão de Relações Comunitárias da Defesa Civil, Alexsandro Goi.

A estimativa das autoridades de defesa é que o ciclone tenha sido um dos maiores fenômenos climáticos dos últimos 10 anos no estado, em população envolvida e em extensão geográfica. Foram registrados ventos de 70 a 120 quilômetros por hora, e as chuvas, que chegaram a 190 milímetros, atingiram 378 das 496 cidades gaúchas.

Embora a Defesa Civil tenha dito que já estava preparada para prestar socorro a vítimas do ciclone cinco dias antes da ocorrência do fenômeno, Alexsandro Goi ressaltou que os estragos poderiam ter sido menores. Segundo ele, as pessoas sempre perguntam muito sobre prevenção, sobre como minimizar os danos causados por esse tipo de situação.

"A vazão de água é muito difícil, por ser uma característica da nossa sociedade, das nossas construções. Mas entram aí aquelas recomendações de não jogar lixo nas ruas e arroios, que rotineiramente são publicadas pelo poder público e podem fazer toda a diferença, não só num ciclone, mas em qualquer chuva mais forte”, afirmou.

O Comitê de Ação Solidária do estado já encaminhou 1,5 mil peças de roupas e 300 colchões aos desalojados.

Fontes