17 de maio de 2025

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A pesquisa Estatísticas do Registro Civil divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o número de casamentos recuou 3% em 2023, totalizando 940,8 mil registros. As grandes regiões acompanharam a queda, com exceção da Região Centro-Oeste, com acréscimo de 0,8%. Na Região Sudeste, verificou-se a maior redução (-5,0%).

Do total, apenas 11,2 mil foram casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um aumento de 1,6% em relação a 2022. Trata-se também de novo recorde da série, desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) impediu que cartórios se recusassem a celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo. Desses 11,2 mil, a maioria (62,7%) foi entre cônjuges femininos. Os casamentos entre mulheres apresentaram um aumento de 5,9% de 2022 para 2023, mas houve redução de 4,9% no número de casamentos entre homens no mesmo período.

As idades dos cônjuges nos casamentos entre pessoas de sexos distintos aumentaram ao longo dos últimos anos, tanto para homens quanto para mulheres. Em 2003, 8,2% das mulheres que se casaram tinham 40 anos ou mais de idade. Em 2023, 25,1% dos registros de casamentos civis entre pessoas de sexos diferentes ocorreram com mulheres nessa mesma faixa etária. Esse fenômeno também foi observado entre os homens, com aumento de 18,3 pontos percentuais na participação de registros de casamentos em que os homens apresentavam idades mais avançadas (40 anos ou mais), comparando os anos de 2003 (13,0%) e 2023 (31,3%).

A ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil e ao aumento do número de recasamentos, uma vez que a extensão da expectativa de vida também contribui para esse cenário. Klívia também ressalta que a pesquisa, por captar apenas casamentos civis, não inclui as uniões estáveis.

“A queda nos registros dos casamentos não necessariamente quer dizer que as pessoas estão deixando de se unir. A situação conjugal da pessoa pode ser diferente da situação civil. É possível que o casamento esteja diminuindo porque as pessoas estão optando por uniões estáveis em vez de se casarem. Então a gente precisa levar isto em consideração na hora da análise”, diz Klívia.

Fontes

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