7 de agosto de 2020

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Há três dias, em 4 de agosto de 2020, o Ministério da Agricultura (Mapa) informou sobre a contaminação de vários lotes de cerveja produzida pela Backer com a substância tóxica dietilenoglicol e algumas informações, como por exemplo, sugere que a contaminação começou já no final de 2019.

Segundo o Mapa: "o relatório confirma a ocorrência de contaminações desde janeiro de 2019, afastando a possibilidade deste ser um evento isolado no histórico de produção da cervejaria. (...) As apurações fiscais indicaram que a cervejaria Backer adotou práticas irresponsáveis ao utilizar líquidos refrigerantes tóxicos de forma deliberada em seu estabelecimento, utilizando-os em detrimento de alternativas atóxicas, como propilenoglicol e álcool etílico potável. As contaminações por MEG e DEG não estão restritas a lotes que passaram pelo tanque JB 10, ocorrendo também em cervejas elaboradas anteriormente à instalação deste tanque na cervejaria".

"A empresa também possui diversas falhas e lacunas em seus sistemas de controle e gestão internos, apresentando informações incompletas nos relatórios de produção e controles de rastreabilidade ineficientes", enfatizou o órgão.

O Caso Backer

A Cervejaria Backer ganhou destaque nos noticiários em janeiro de 2020, quando pessoas morreram ou foram internadas em estado grave após beberem as cervejas da marca. Investigações posteriores revelaram que lotes de cerveja estavam contaminados com duas substâncias altamente tóxicas, causando danos ao sistema nervoso e rins.

As primeiras vítimas deram entrada em hospitais de Belo Horizonte e região entre 27 de dezembro de 2019 e 5 de janeiro de 2020 com sintomas de intoxicação. Em 6 de janeiro de 2020, o Cievs anunciou em nota que pelo menos sete pacientes estavam internados em Minas Gerais e uma força-tarefa foi formada.

A Backer sempre negou as acusações. Onze pessoas foram indiciadas em junho no Caso Backer. Até agora, dez pessoas morreram.

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Fontes