12 de fevereiro de 2021

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A Cáritas Brasileira e a Cáritas Diocesana de Roraima inauguraram no passado dia 10 de fevereiro, em Boa Vista, um centro de acolhimento e apoio a migrantes venezuelanos em situação de rua. O local oferecerá sanitários, lavatórios, fraldário e bebedouro com água potável e filtrada, inclusive para deficientes físicos, e fica próximo à Rodoviária Internacional, na zona sul da cidade.

A iniciativa é parte do projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras e tem como um dos objetivos promover uma cidade mais limpa. "Dados da primeira fase do Orinoco, mostram diminuição da frequência de defecação a céu aberto pela população atendida no projeto, tanto na cidade de Boa Vista quanto em Pacaraima, fronteira com a Venezuela", anunciou a Cáritas Brasileira em seu website.

O local, próximo à rodoviária, foi escolhido de forma estratégica, em uma região com maior concentração do público em situação de rua, explicou o coordenador local de emergências do projeto Orinoco, Raphael Macieira.

Migrantes acolhidos

O governo brasileiro já interiorizou, desde 2018, 46,5 mil migrantes vindos da Venezuela para 645 cidades de todas as regiões do Brasil.

Os municípios que mais receberam venezuelanos foram Manaus (4.931), Curitiba (3.073) e São Paulo (3.033).

Os migrantes estão, há anos, deixando a Venzuela devido a grave situação sócio-econômica que assola a nação há mais de uma década e que, além de causar a falta de itens essenciais do dia a dia, como papel higiênico e alimentos como farinha e açúcar, faz com que a nação tenha uma das mais altas inflações anuais do mundo, atualmente calculada em cerca de 3.000% (três mil por cento). Isto significa dizer, por exemplo, que se em janeiro um quilo de açúcar custa 10 bolívares, encerrará o ano custando 310.

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Fontes