10 de maio de 2021

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Por Brasil de Fato

O presidente Jair Bolsonaro (sem filiação partidária) formulou um orçamento paralelo no final de 2020, que incluía uma emenda de cerca de 3 bilhões de reais, para ganhar o apoio da "central" da Assembleia Nacional. Matéria publicada no jornal Estado de S. Paulo mostrou que a medida prévia a compra de tratores e equipamentos agrícolas a um preço 259% superior ao preço de referência de mercado. Os dados foram encontrados em 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Comunicados recebidos pelo jornal nos últimos três meses mostram que o plano também violou a lei orçamentária porque os ministros, e não os parlamentares, devem definir o escopo do uso dos recursos.

A direção do acordo e do financiamento não é pública, e a distribuição desigual entre os parlamentares, prova os interesses eleitorais do governo.

Por exemplo, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) decidiu solicitar 277 milhões de reais de recursos públicos do Ministério do Desenvolvimento Regional para o cargo de ministro Rogério Marinho. Se os recursos fossem distribuídos pelos canais tradicionais, demoraria 34 anos para o ex-presidente do Senado, porque cada parlamentar só pode gastar 8 milhões de reais por ano.

Nas redes sociais, os usuários passaram a condenar este não um orçamento secreto, mas um "Bolsolão", um bolo de recursos usado pelo Presidente da República para comprar o apoio dos parlamentares.

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