25 de abril de 2021

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Armênios escoltados por soldados otomanos marchando da cidade de Harput (atual Elazığ) para um campo de prisioneiros em abril de 1915

O presidente Joe Biden reconheceu ontem que a matança e deportação sistemática de centenas de milhares de armênios pelos turcos otomanos um século atrás, durante a Primeira Guerra Mundial, foi um genocídio.

Estima-se que 1,5 milhão de armênios foram mortos entre 1915 e 1917 durante os últimos anos do Império Otomano, que suspeitava que a minoria cristã conspirou com a adversária Rússia durante a Guerra. Presos, eles foram deportados, obrigados a marchar para o deserto da Síria, sendo que boa parte morreu pelo caminho, sendo baleada, envenenada ou ainda sendo vítima de doenças, conforme relatos de diplomatas estrangeiros na época.

A Turquia, que emergiu como uma república secular das cinzas do Império Otomano, reconhece que 300.000 armênios podem ter morrido, mas sempre rejeitou veementemente que o caso tenha sido genocídio.

É uma questão delicada para a Turquia, aliada da OTAN, e países como França, Alemanha e Canadá, que reconheceram o genocídio. "De um lado, você diz: 'Eu reconheço o genocídio armênio', mas, ao mesmo tempo, você está dando (à Turquia) tecnologia e apoio militar", disse Mher Janian, do Comitê Nacional Armênio da América.

Com a declaração da Casa Branca, Biden se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a fazê-lo.

Referência

Fontes